Vale do Café: três motivos para visitar

Histórica região cafeeira, Vale do Café é composto por 15 municípios do Rio de Janeiro

Vale do Café - Crédito_ Associação Brasileira da Industria de Hotéis do Rio de Janeiro
Crédito: ABIH RJ
14/06/2022
Publicado em

O café é parte importante da história do Brasil. Sua produção foi responsável por enriquecer diversas áreas do país, moldando seu desenvolvimento. Um desses lugares é o chamado Vale do Café, denominação turística para o conjunto de 15 municípios da região do Vale do Paraíba do Sul Fluminense, localizado a cerca de 120 km da cidade do Rio de Janeiro.

Nos anos 1860, essa região produzia 75% do café consumido no mundo, dando a nação a condição de líder mundial na produção e exportação de café. Hoje, ela é um destino turístico, com 30 fazendas abertas à visitação. Os municípios que compõem o Vale são: Vassouras, Valença, Rio das Flores, Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Paty do Alferes, Paracambi, Miguel Pereira, Mendes, Barra do Piraí, Pinheiral, Barra Mansa, Rio Claro, Paraíba do Sul e Volta Redonda.

Quer conhecer um pouco dessa parte histórica do Rio de Janeiro? O Jornal do Café preparou três motivos para você visitar a região.

Vale do Café e a história do Brasil

O local possui diversas propriedades como fazendas e hotéis, que procuraram preservar a arquitetura do século XIX. Os estabelecimentos rurais, em especial, são verdadeiros palácios, muitos deles estão abertos para visitação e hospedagem e procuram manter as características da época. A Fazenda União, em Rio das Flores, possui uma coleção de itens históricos, incluindo peças da família real portuguesa. O local ainda conta com um museu de arte sacra e uma capela, ornamentada com imagens e decorações tipicamente coloniais.

Além de visitar as fazendas, o público pode reservar um tempo para conhecer a cidade de Vassouras, que tem seu conjunto urbanístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A praça principal, chamada Barão de Campo Belo, é o cartão postal da cidade, junto à Igreja Nossa Senhora da Conceição, construída em 1833. Pode-se conhecer também a antiga estação ferroviária, que funciona, atualmente, como espaço para eventos, Centro Cultural e Memorial do Trem. Ali está uma locomotiva que circulou na Estrada de Ferro D. Pedro II, símbolo do local.

[História do café no Brasil: Impacto e versatilidade do grão na atualidade]

Conhecer a cafeicultura da região

Apesar do foco turístico,o Vale do Café ainda possui produção cafeeira de microlotes, sendo esse um dos chamarizes para os visitantes. A Fazenda Alliança, localizada na Barra do Piraí, une história e inovação: o sistema original de transporte e separação dos grãos, que inclui o terreiro de secagem e a tulha de armazenamento, continua preservado e, ao mesmo tempo, ela dispõe de uma plantação orgânica e moderna, e os visitantes podem acompanhar o passo a passo da cafeicultura, conhecer o processo de manutenção de cada pé, da colheita de grãos maduros e de secagem.

Também em Piraí, o Hotel Fazenda St. Robert iniciou a produção em 2017 e a primeira colheita foi realizada em 2019. O resultado é o café especial Aroeira, torrado e comercializado na propriedade.

Para aqueles que desejam uma visão mais histórica do alimento, a fazenda São Luiz da Boa Sorte possui o primeiro museu do café do estado do Rio de Janeiro, inaugurado em 2017. O  objetivo é preservar e divulgar a história do grão no Brasil por meio de exposições e atividades culturais, que explicam e ilustram a trajetória da região, assim como os processos da produção cafeeira.

[Conheça a história do Museu do Café]

Curiosidades além do café

O Vale do Café conta com outras curiosidades históricas, como a casa de Eufrásia Teixeira Leite, a primeira mulher investidora na história do país. Única herdeira da família após a morte dos pais, Eufrásia multiplicou a fortuna familiar através de investimentos em estradas de ferro, minas de metais preciosos, agroindústria, indústria têxtil, serviços públicos, setor imobiliário e em ações bancárias. Ela foi pioneira no mercado financeiro, em uma época onde as mulheres eram vistas como exclusivamente “donas de casa”. Sua riqueza contribuiu com a cidade de Vassouras, além de ajudar instituições de caridade. A casa onde viveu foi preservada, e se tornou um museu com entrada gratuita.

Fãs da música brasileira também possuem um bom motivo para visitar a região. Ainda em Vassouras, o Centro Cultural Cazuza foi estabelecido na casa onde a empresária Lucinha Araújo, mãe do cantor, nasceu. O espaço reúne exposições temporárias de novos artistas no piso inferior e exposição permanente do cantor no segundo andar. A sala conta com rascunhos de composições, fotografias, roupas e objetos pessoais de Cazuza, além de uma escultura em tamanho real, que personifica o músico.

Que tal pegar a estrada e ir conhecer essa região tão rica em histórias?

Acesse o Jornal do Café para mais informações. Confira!

Redação: Usina da Comunicação

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