Turismo e cafeicultura: conheça a Rota do Café no Paraná

Atrações turísticas resgatam memória da cafeicultura

café e turismo no Paraná
Imagem: Freepik
07/10/2022
Publicado em

O café, ao longo do tempo, se tornou parte importante da identidade dos lugares por onde passou. No Paraná, a cafeicultura chegou no início do século XX e teve um crescimento lento na região devido à crise de 29 e, também, em decorrência das duas guerras mundiais.

Foi na década de 50 e de 60 que a atividade alcançou maior expansão no estado, quando a área chegou a quintuplicar, passando dos quase 300 mil hectares, em 1951, para 1,6 milhão de hectares, em 1962. Devido à redução dos estoques mundiais, os preços internacionais naquele período foram muito favoráveis, incentivando o aumento do plantio de café.

Na safra 1961/62, o Paraná atingiu o seu apogeu, colheu cerca de 21,3 milhões de sacas de 60 kg, valor referente a 28% da safra mundial, calculada em 76 milhões de sacas de 60 kg. Por um longo período, o grão foi o principal gerador de riquezas na região, propiciando a fixação do trabalhador no meio rural, tornando as pequenas e médias propriedades economicamente viáveis, numa época de poucas alternativas agrícolas. A cidade de Londrina ganhou até mesmo o apelido de “Capital do Café”, nos anos 70.

A partir de 1975, no entanto, a produção começou a declinar por conta de fatores climáticos. Além disso, questões políticas e econômicas fizeram outros estados ficarem à frente na produção cafeeira.

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Rota do Café no Paraná mantém cafeicultura viva

A Rota do Café surgiu no estado em 2009, desenvolvido pelo SEBRAE, para apresentar como a cafeicultura marcou cidades, famílias e a história da região. Os roteiros envolvem atrativos de dez municípios do norte e norte pioneiro do Paraná: Londrina, Ibiporã, Rolândia, Mandaguari, Sapopema, Tomazina, Cornélio Procópio, Santa Mariana, Ribeirão Claro e Carlópolis. 

Confira algumas atrações da região:

A. Rural Corretora

A A. Rural é uma empresa especializada em corretagem de café e composição de ligas, que acumula mais de 20 anos de experiência no mercado. Os visitantes recebem explicações sobre a avaliação do alimento, composta por duas fases distintas: a classificação por tipos ou defeitos e a classificação pela categoria de bebida.

Fazenda Palmeira

Em Santa Mariana, os turistas conhecem um pouco do jeito suíço de produzir café. A proprietária da Fazenda Palmeira, Cornélia Margot, conta a história do local e destaca aos visitantes os desafios da cafeicultura. No meio do cafezal, Cornélia, que também é pedagoga, oferece aulas práticas sobre a colheita do café e explica sobre as floradas e os estágios de maturação dos grãos. Familiares, funcionárias e mulheres da comunidade ao redor da Fazenda Palmeira praticam artesanato em fibra de bananeira, cujas peças são vendidas na propriedade.

Sítio Vale das Palmeiras

As características únicas de altitude e geografia do Sítio Vale das Palmeiras possibilitam o cultivo do café da variedade bourbon e a existência de pés de cafés produtivos com mais de 50 anos. Vale lembrar que, a idade média da planta é de aproximadamente 15 anos. O grão produzido neste sítio já foi premiado como o segundo melhor café do Brasil e venceu o concurso de qualidade do café do Paraná nos anos de 2006 e 2008.

Cafeteria Empório Café da Casa

O Empório Café da Casa é uma cafeteria especializada em cafés especiais do norte pioneiro do Paraná, localizada no município de Jacarezinho. A bebida servida destaca os atributos únicos do grão cultivado na região. Para acompanhar, há uma variedade de salgados, bolos e biscoitos artesanais. No espaço, é possível adquirir cosméticos à base do grão. O Empório Café da Casa efetua seleção, classificação e torra artesanal, além de comercializar, locar e prestar assistência técnica para máquinas profissionais no preparo da bebida.

Redação: Usina da Comunicação.

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