O café foi responsável pelo progresso de muitas regiões brasileiras. A capital de São Paulo, por exemplo, foi uma das primeiras a ser beneficiada com o boom do café, tornando-se um centro para o comércio do grão no século XIX.
As fazendas se instalaram no interior do estado, mas as negociações eram feitas na cidade de São Paulo. Era comum as famílias produtoras possuírem propriedades no campo, enquanto os escritórios financeiros e de representação se estabeleciam na cidade. A cafeicultura também foi peça fundamental na construção da malha ferroviária, usada para escoar o produto para o litoral.
[Conheça o turismo cafeicultor do Paraná!]
Rota do Café São Paulo: importante registro da cafeicultura
Para conhecer de perto um pouco da história do fruto em São Paulo, diversas propriedades preservam a memória de uma época rica em transformações culturais e econômicas.
Conheça alguns lugares para se visitar!
Fazenda Mandaguahy
Localizada em Jaú e datada de 1858, a fazenda Mandaguahy é uma das mais antigas propriedades cafeeiras, resguardando traços da arquitetura colonial portuguesa até os dias atuais. Hoje, ele é um local de realização de programas educativos, focados em preservação cultural e ambiental, e, também, apresentando a história dos ciclos econômicos do século XIX. Possui, também, tour degustativo de geleias, queijos, biscoitos, além de outras delícias.
Areias
Localizada a menos de 300 quilômetros da capital paulista, foi um grande destaque no Vale do Café no interior de São Paulo. A Igreja Matriz é o maior símbolo da prosperidade que a cidade teve por conta da cafeicultura. Construída com o apoio dos barões do café, ela possui duas torres e sino com mais de 1,5 metros, e pesa 1 tonelada.
A 20 quilômetros de Areias, está a Fazenda Vargem Grande, datada de 1837, época do Brasil Imperial. Hoje, os antigos terreiros de café se tornaram um jardim criado pelo famoso paisagista Roberto Burle Marx.
São José Barreiro
Antigo distrito de Areias, separado em 1820, foi um dos maiores centros de produção cafeeira do Brasil no século XIX. Possui ainda várias fazendas daquela época que mostram a fartura econômica que a região viveu.
Com os rendimentos da cafeicultura caindo, investiu-se na restauração dos casarões e, também, no ecoturismo. Um dos principais estabelecimentos da cidade é a Fazenda Pau D’Alho, que produzia exclusivamente café, criada em 1792. O local é famoso por ter hospedado Dom Pedro I, quando foi para São Paulo proclamar a República. Foi tombado em 1968, e hoje é um marco histórico destinado à prática de atividades culturais e ecológicas.
Redação: Usina da Comunicação