O agronegócio brasileiro tem uma participação econômica fundamental no desenvolvimento do país. Em 2021, o PIB do setor cresceu cerca de 9%, segundo projeções da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e do Cepea, o que mostra a sua força.
Parte dos gastos da cadeia são destinados ao frete, fundamental para escoar as produções e alimentar os demais setores da economia. Porém, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o seu preço-base sofreu um reajuste de 5,9% em outubro de 2021, puxado pelos aumentos constantes do diesel, o que preocupa os produtores e industriais.
Nesta edição, o Jornal do Café mostra quais fatores impactam no preço final do frete e dá dicas de como utilizar a tecnologia e o conhecimento das variáveis para reduzir os custos.
Como o frete é calculado?
Calcular o valor do frete não é uma tarefa simples. Afinal, é necessário levar em consideração as variáveis que o compõem como: tipos de frete das transportadoras, tipos de carga, taxas e tributos, dentre outros.
Tipos de frete
O primeiro e o mais comum deles é o frete direto, realizado entre a empresa contratante e a transportadora, no qual a mercadoria vai do remetente ao destino final. O segundo mais popular é chamado de frete por subcontratação. Nessa modalidade, a transportadora terceiriza a entrega e fica apenas responsável por gerenciar toda a logística envolvida.
Já no frete por redespacho, mais de uma transportadora realiza o transporte de uma carga. Ou seja, o trajeto da carga até o remetente é dividido, seja no início, no meio ou no final do percurso.
Existe ainda o frete FOB, quando a responsabilidade do vendedor para com a carga termina no ato do despacho e os riscos da entrega são assumidos pelo comprador. Tem também o frete CIF, modalidade em que os custos operacionais do transporte ficam por conta do fornecedor.
Tipos de carga
São duas. A carga fechada ou lotação, definida por um alto volume que ocupa todo o espaço do caminhão, e a carga fracionada, que trata-se do transporte de pequenas quantidades de mercadorias variadas com um número também variável de destinatários.
Taxas, tributos e outras variáveis
Agora, que você já sabe os tipos de frete e os tipos de carga, é hora de entender quais outros fatores podem influenciar no valor final do transporte. Variáveis como combustível (cujo preço está nas alturas), manutenção, pedágios, documentações e licenças também contam na hora de fechar a conta.
Outro fator relevante são as taxas e os tributos envolvidos na segurança das operações. O principal deles é o Gerenciamento de Risco e Segurança, responsável por arcar com os gastos envolvidos na prevenção de perdas e roubos. O valor varia de acordo com a especificidade de cada carga.
Há, também, o Frete Valor, que abrange eventuais despesas, como extravios, avarias, violações e greves, e o Frete Peso, cujo cálculo é feito com base no peso da carga.
Dicas para reduzir o valor do frete
Investir em tecnologias que agreguem conhecimento ao seu negócio é sempre uma excelente forma de crescer e se tornar mais competitivo. Quando o assunto é frete, apostar em uma solução digital que faça esse cálculo ajuda a minimizar as chances de erro.
Existem plataformas no mercado que atualizam, constantemente, as suas informações sobre as variáveis que impactam no valor final, como o preço do combustível, mudança de tarifas, novas legislações, distância, volume de carga, dentre outros.
Outro fator importante é comparar os tipos de frete e entender qual deles apresenta o melhor custo-benefício diante da sua demanda. Dessa forma, é possível ter mais precisão, mitigando os gastos e viabilizando a economia.
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