Região do Cerrado Mineiro recebe 20 compradores de café, de 12 países diferentes através do Projeto Comprador da Apex-Brasil

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19/09/2019
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A Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, única origem produtora brasileira chancelada como D.O. recebeu na última semana, um grupo de torrefadores de café de 12 países diferentes. O grupo de 20 compradores, esteve na Região através de um projeto com a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimento que mobilizou os escritórios de Miami (Estados Unidos), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Moscou (Rússia), Bruxelas (Bélgica); além do escritório de Brasília (Brasil).

Representantes da Suécia, Grécia, Romênia, Holanda, Reino Unido, Finlândia, Egito, Emirados Árabes, Jordânia, Canadá, Estados Unidos e Rússia puderam conhecer o Cerrado Mineiro, seu terroir, seus produtores, cooperativas, exportadores e o que faz desta uma Região reconhecida: a qualidade, a diversidade e consistência de fornecimento dos seus cafés, a rastreabilidade a garantia de origem e qualidade da Denominação de Origem. A ação, denominada Origin Trip Cerrado Mineiro Region, percorreu 4 cidades em 5 dias de imersão.

A viagem começou com uma apresentação sobre a Denominação de Origem e o papel da Federação dos Cafeicultores do Cerrado como entidade que promove, controla e representa o Cerrado Mineiro e seus produtores. A barista oficial da Região do Cerrado Mineiro, Paula Dulgheroff apresentou os perfis sensoriais mais encontrados no Cerrado Mineiro, que vão além, do caramelo, chocolate e nozes; passando por vinhados, frutas vermelhas, amarelas e especiarias.

Em cada uma das propriedades credenciadas e entidades filiadas, os convidados puderam conhecer o que faz o café do Cerrado Mineiro ser conhecido como o “Café Produzido com Atitude”! Marcos Miaki e família, em Patrocínio, encantaram com cafés da microrregião do Chapadão de Ferro e tradição da família na cafeicultura. José Carlos Grossi e os filhos apresentaram seu trabalho através de seus lotes especiais, o patriarca contou como foi ser um dos pioneiros do Cerrado Mineiro e juntos mostraram uma bem sucedida sucessão familiar.

Gabriel Nunes, uma nova geração de produtores, mostrou a influência dos processos na qualidade dos lotes e o porquê já foi recordista mundial, com o café mais caro do mundo. Seus microlotes encantaram.

Jamie Boland, da Ancoats Coffee Co. comemorou em suas redes sociais a compra de lotes de café nesta viagem, dos produtores Gabriel Nunes e Danilo Barbosa. “Todas as amostras e lotes da fazenda de Gabriel Nunes foram excelentes! Estou muito animado com as 18 sacas que comprei, um café que pontou facilmente os 88 pontos. O café da Fazenda Cachoeira, que compramos em março, foi memorável e já selecionamos outro café de Danilo Barbosa, que será lançado no próximo ano.” – vibrou o torrefador.

Ana Cecília Velloso, em Carmo do Paranaíba, apresentou a estrutura da fazenda da família e o criterioso dos pós-colheita, que já os levaram ao primeiro lugar do Prêmio Região do Cerrado Mineiro, duas vezes. Evanete Peres, em Araguari, em parceria com a cooperativa Coocacer Araguari mostraram o trabalho dos cooperados produtores de Araguari e região, na última parada da TRIP pelo Cerrado Mineiro, fechando em grande estilo, com ótimos lotes.

Segundo Piotr Jezewki, da 49th Parallel Coffee Roaster, no Canadá a experiência foi incrível. “Uma semana de experiências incríveis no Cerrado Mineiro. É emocionante encontrar tantos cafés deliciosos, com alta pontuação nesta origem. Processamentos como fermentações anaeróbicas e cafés lavados, além dos cafés naturais muito limpos. Técnicas modernas de agricultura, enorme dedicação e motivação para produzir ainda melhor ano após ano. Obrigada pela hospitalidade incrível.” – finalizou o Canadense.

Para a produtora credenciada, Ana Cecília Velloso, da São Luiz Estate Coffee, a Denominação é um grande diferencia para os compradores: “A D.O. garante a qualidade dos cafés produzidos no Cerrado Mineiro, além de assegurar sua autenticidade. Apresentar cafés de origem controlada para o mercado mundial, que tem ofertas do mundo todo, é um diferencial da nossa Região.” – afirmou a produtora.

As também cooperativas filiadas Expocaccer, Carpec, Carmocer receberam os visitantes e apresentaram suas estruturas de processamento, preparo e padronização dos lotes. Através de cupping mostram o grande valor de seus cooperados, lotes exclusivos e de alta qualidade. A Cafebras, exportador credenciado também foi uma das anfitriãs e juntamente com a Ally Coffee, importador credenciado, promoveu uma sessão de cuppings com os perfis dos cafés do Cerrado Mineiro prontos a serem exportados.

Para Juliano Tarabal, Superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado a ação veio em um grande momento para o Cerrado Mineiro. “Esta ação com APEX foi algo inédito para a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, sendo nossa primeira ação em conjunto, o que para nós veio em um momento muito oportuno, pois estamos trabalhando o desenvolvimento da Geração de Demanda por cafés Cerrado Mineiro D.O, o que se liga diretamente a um dos pilares de nossa estratégia de marca, que é de conectar os produtores aos compradores. Para isso, nada como uma viagem a origem onde os torrefadores têm a oportunidade de viver uma experiência em nossa Região, conhecendo de perto o processo de produção, a estrutura das propriedades e cooperativas da Região e provando nossos cafés, além é claro, de entender a importância da Denominação de Origem para toda a cadeia envolvida na cafeicultura”- finalizou Tarabal.

Na avaliação da Apex-Brasil, a Trip pode ser considerada um grande sucesso, com os objetivos alcançados. “O evento teve seu foco nos cafés especiais. Embora o Brasil seja líder mundial nas exportações de cafés, quando se fala em cafés de qualidade, a concorrência internacional é muito acirrada e demanda permanentes investimentos para a promoção junto aos compradores desse nicho. Nesse sentido, a viagem permitiu convencer compradores selecionados de 12 diferentes países acerca da qualidade dos cafés produzidos na região do Cerrado Mineiro, que validaram seus processos produtivos e padrões de sustentabilidade, bem como testaram a bebida e a ela atribuíram as altas notas que a permitem distingui-las como especiais. Tivemos boas encomendas de cafés e muitas amostras dos cafés selecionados pelos compradores enviadas para decisão de compra após testes finais nas sedes das empresas” – explicou o COO do escritório da Apex em Moscou, Almir Américo.

A conexão e a troca de contatos entre os participantes, também foi destaque para os convidados. ““Tenho muita sorte de ter aprendido com um grupo profissional com bastante experiência no setor cafeeiro e ser escolhido como representante do Egito é ótimo para minha experiência profissional. Tive a oportunidade de fazer contatos no Brasil que me podem me ajudar a escolher os melhores cafés para minha empresa, além de fornecedores confiáveis” – explicou Mostafa Elsaid, da Al Fayrouz for Trade.

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