Palavra da Abic – 30.03.2020
Teremos, certamente, um novo mundo depois que esta pandemia passar. Um vírus conseguiu colocar de joelhos toda a humanidade. Teremos que nos reinventar para esses novos tempos: seja no trabalho, na família e/ou na convivência social. Estamos aprendendo, durante a quarentena, que não vivemos um período de férias e nem de feriado prolongado. Precisamos valorizar outras tantas riquezas que perdemos ao longo do tempo, como as relações humanas e, também, o nosso trabalho.
No Brasil, estamos atravessando uma situação complicada e muito complexa. De um lado, aqueles que defendem um isolamento vertical, com foco na economia, onde só se isola os grupos de risco. Do outro, aqueles que defendem um isolamento horizontal, com foco na vida das pessoas. Economia de um lado e ciência do outro. Ambos têm razão, claro! A vida das pessoas deve sim vir sempre em primeiro lugar, mas é totalmente impossível separar as duas situações, pois não há como falar em vidas humanas sem uma economia robusta. É a ordem natural das coisas.
Não conseguimos separar, por exemplo, atividades essenciais das não essenciais, que tanto temos visto no jornalismo. Isso tudo funciona como uma engrenagem. Um elo que se quebra sempre atingirá outra atividade, que pode vir a deixar de funcionar. Então, é necessário buscar um equilíbrio entre as duas situações.
Entre decretos, leis e todos os processos jurídicos com os quais convivemos diariamente, agora, ainda precisamos enfrentar essa pandemia. Que tal aproveitarmos esse tempo para refletirmos sobre maneiras de tornar nossos trabalhos e nossas vidas melhores quando tudo isso passar? Nunca podemos nos esquecer: são em momentos como estes que a nossa esperança é renovada e tantas outras oportunidades aparecem. Precisamos, então, nos preparar para uma forte retomada da economia.
Sílvio Alves
1º Vice-Presidente da ABIC