Uma análise recém-divulgada pela empresa Dotz, plataforma omnichannel de engajamento B2B2C, mostrou que o café, mesmo com aumento de preço, segue com níveis de consumos estáveis.
A pesquisa teve como base dados sobre o comportamento dos clientes e os números de cinco dos principais supermercadistas parceiros. Ela revelou que diversos itens básicos de abastecimento estão mais caros, resultando na diminuição do consumo. Conforme o estudo, esses produtos tiveram uma alta no preço de 11%, em comparação à maio de 2021.
O biscoito, por exemplo, foi impactado por uma grande diminuição de itens por cesta e pelo aumento no preço médio, assim como o leite, que custou 39% a mais no valor e, consequentemente, 13% menos itens por cesta.
Café continua presente nas cestas de mercado
Jonathas Mendes, Head de dados da Dotz, apontou que o café não foi tão afetado: “Foi o mais impactado no preço médio, mas, diferente do leite, podemos notar que não houve uma redução tão expressiva no consumo, com menos de 5%. Quando olhamos para açúcar, óleos e leite, mesmo considerados como itens básicos, foram produtos com a maior redução de consumo por clientes nos varejistas”, completa.
[ABIC Entrevista: Gil Barabach, analista de Safras & Mercado]
Pesquisa ABIC apontou aumento de consumo no ano passado
Em pesquisa divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), em março, o mercado de café do Brasil segue em crescimento. Apesar da crise econômica gerada pela pandemia, que afetou diversos setores em 2021, a procura por café seguiu seu ritmo de crescimento: houve alta de 1,71% em relação ao mesmo período analisado no ano anterior. Foram 21,5 milhões de sacas entre novembro de 2020 e outubro de 2021, o que representou 45,3% da safra do ano.
Tendência é mundial
O banco holandês Rabobank divulgou um relatório sobre a demanda global por café no primeiro trimestre de 2022. Segundo a instituição, houve um aumento de 0,6% na procura pela commodity em relação ao primeiro trimestre de 2020. Se comparado com o ano de 2021, a demanda é bem superior em diversos países: no Reino Unido, cresceu 9%; nos Estados Unidos, 4,6% e, no Japão, 5,1%.
Os números estão longe de alcançarem níveis pré-pandêmicos, mas apontam que o mercado segue forte, mesmo com o complicado cenário internacional, especialmente, no que diz respeito à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Com informações da Super Varejo.
Redação: Usina da Comunicação.