Matas de Rondônia é reconhecida como Indicação Geográfica do café no Brasil

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu o selo à localidade, que abrange 15 municípios do estado, como Denominação de Origem

Matas de Rondônia ABIC
29/10/2021
Publicado em

Explorar as  Indicações Geográficas (IGs) do café é importante não somente para valorizar as regiões produtoras do país, como também para exaltar as particularidades dos produtos e os esforços dos produtores locais.

Além disso, as IGs são  fontes de informação para o consumidor que deseja ter acesso a cafés diferenciados e cultivados em localidades específicas, o que proporciona características e propriedades únicas. Elas também auxiliam na busca por cafés mais autênticos. 

Hoje, iremos nos aprofundar sobre as particularidades da região de Matas de Rondônia, reconhecida este ano como uma IG. 

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Matas de Rondônia

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) reconheceu como Indicação Geográfica, na categoria Denominação de Origem (DO), o café cultivado na região de Matas de Rondônia, que abrange 15 municípios do estado. 

Um relatório produzido pelo órgão mostrou que a base genética das plantas responsáveis pela produção de 80% do café local é resultante do cruzamento entre as variedades conilon e robusta, selecionadas ao longo de anos pelos produtores locais. Como consequência, houve o surgimento de um café diferenciado, denominado robustas amazônicos.

Além da seleção genética, fatores como condições climáticas e solo viabilizaram a criação de um ciclo de maturação do café do tipo intermediário a tardio. Dessa forma, foi possível estabelecer um perfil sensorial específico dos grãos originários da região, que inclui a presença das seguintes especificidades: doce, chocolate, amadeirado, frutado, especiaria, raiz e herbal. Segundo a metodologia da Specialty Coffee Association (SCA), o produto está acima dos 80 pontos, o que atesta a sua qualidade.

Reconhecimento pela originalidade

O Selo de Indicação Geográfica é o resultado dos esforços da Caferon (Cafeicultores Associados da Região Matas de Rondônia), que possibilitou o reconhecimento para Matas de Rondônia. É a primeira vez que cafés cultivados na região amazônica recebem essa valorização. 

Para o produtor, é o prestígio de saber que o seu trabalho além de único, é considerado de alto nível. Para o consumidor, é a possibilidade de experimentar a originalidade e as propriedades específicas locais. 

Ainda segundo o relatório divulgado pelo INPI, os cafés robustas amazônicos apresentam alto grau de adaptabilidade às condições da região, conferindo características diferenciadas ao produto local quando comparadas às demais localidades produtoras.

Acesse o Jornal do Café para mais curiosidades sobre o grão!

Redação: Usina da Comunicação

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