Indicações Geográficas do café no Brasil: Oeste da Bahia

Indicações Geográficas sinalizam características particulares do café de uma região

Indicação Geográfica - Unsplash
Crédito: Unsplash
01/07/2022
Publicado em

No universo do agronegócio, as Indicações Geográficas (IG) são ferramentas bastante utilizadas para valorizar os itens produzidos em determinadas regiões do país. O Jornal do Café vem explorando o tema há algum tempo, visando trazer mais conhecimento aos nossos leitores.

Os produtos oriundos das IGs possuem autenticidade, rastreabilidade, segurança e qualidade. Eles realçam as histórias e as culturas existentes por trás das atividades desempenhadas. Segundo o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o café é o produto brasileiro com o maior número de Indicações Geográficas. Hoje, falaremos um pouco da Indicação existente na Bahia.

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Indicações Geográficas no Oeste da Bahia

A área demarcada da Indicação de Procedência Oeste da Bahia abrange os terrenos com altitudes a partir de 700 metros dos seguintes municípios: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Catolândia, Baianópolis, Correntina, Jaborandi e Cocos.

Os primeiros registros de cafeicultura no local datam do início do século XX, de pequena produção e notadamente nos vales úmidos da região. Nas décadas de 70 e 80, ocorreram alguns experimentos com o cultivo do cafeeiro  e a implantação de pequenas áreas no bioma Cerrado. Desde os anos 1990, o plantio de cafés tem se desenvolvido continuamente e, representa cerca de 20% da produção cafeeira do estado.

O Cerrado também favorece a atividade, pois tem relevo formado por chapadas, encostas e vales, além dos solos profundos e diversificados. A região possui, ainda, boa disponibilidade hídrica, possuindo excelentes condições para a cafeicultura irrigada. Com luminosidade de aproximadamente 3.000 horas por ano e altitudes médias de 800 metros, a área apresenta condições favoráveis para o bom desenvolvimento do café arábica.

O café produzido na localidade é reconhecido pelo sabor agradável, com boa fragrância e aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e boa acidez.

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Preocupação com sustentabilidade

Os cafeicultores do Oeste da Bahia devem demonstrar o atendimento a um conjunto de requisitos relativos à rastreabilidade e segurança alimentar, responsabilidade social e ambiental na produção, pois as produções estão integradas às áreas de preservação ambiental, mantendo a flora e fauna local. Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente são respeitadas nas fazendas, com o constante monitoramento do uso da água pelos Órgãos Ambientais competentes.Com informações do SEBRAE.

Acesse o Jornal do Café para mais informações. Confira!

Redação: Usina da Comunicação

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