Ilusionistas da própria história

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19/11/2019
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Finalizando o 27º Encafé, os ilusionistas Henry Vargas e Klauss Durães realizaram mágicas que unem tecnologia e empreendedorismo

Uma iniciativa inovadora nos 27 anos de Encafé, encontro da indústria que aconteceu de 06 a 10 de novembro na Ilha de Comandatuba, em Una, Bahia, a palestra motivacional com os ilusionistas Klauss Durães e Henry Vargas foi surpreendente. Com o auditório cheio, entre adultos e crianças, a plateia pode acompanhar apresentações de mágica com o uso de muita tecnologia e carregadas de mensagens que, com certeza, serão lembradas por todos!

Quem entrou no auditório esperando um show de mágica tradicional teve uma grande surpresa, pois Klauss e Henry não apresentaram nenhum dos truques tradicionais como tirar coelho da cartola, serrar mulheres ao meio ou adivinhar algumas cartas do baralho. Para os ilusionistas Durães e Vargas, a mágica vai muito além desses velhos truques.

Com o uso de ferramentas tecnológicas, como tablets e jogos de luzes, eles desenvolveram técnicas inovadoras para modernizar os números de ilusionismo. “Somos dois jovens artistas apaixonados por mágica desde a infância que decidiram modernizar essa arte”, afirma Henry.

E fizeram desta arte o seu business. Entre um truque e outro, Klauss e Henry contaram sua história, as técnicas de empreendedorismo aplicadas no seu dia a dia e que ajudaram a criar a empresa que hoje são sócios: a Ilusion, que, além de apresentar shows de mágica no mundo todo, também compartilha suas ações em palestras corporativas para empresas em todo o País. “Com tanta informação hoje em dia, as únicas experiências que são memoráveis são aquelas que realmente causam algum impacto. E é isso que nós fazemos”, afirma Klauss.

A cada truque, uma lição e a certeza de que, mesmo se tratando de entretenimento, não há improviso nem ponto sem nó. “Quebramos o recorde mundial de maior tempo de levitação em público quando passamos quatro horas levitando em frente ao Masp, em São Paulo, Sabíamos que, ao realizar este feito, mais do que provar a qualidade do nosso trabalho, seríamos flagrados por um vasto público que, mais do que testemunhar esta conquista, postava em tempo real nosso feito”, comentou Henry, mostrando prints de postagens que, ao serem compartilhadas, levaram o nome e a arte dos artistas para o mundo todo – o que gerou marketing gratuito para ambos, fazendo com que pudessem apresentar seu trabalho para outros países e culturas.

De B2B e B2C para P2P

Klauss e Henry em mais um número de sua apresentação no 27º ENCAFÉ (foto Everton Góes)

E de lição em lição, Klauss e Henry apresentaram importantes aprendizados aos presentes, e relembraram que, independentemente do tipo de negócio que você desenvolve, o mercado não é mais dividido entre B2B (business to business) ou B2C (business to costumer). “É preciso entender que seja lá para quem você vende há uma pessoa por trás e, por isso mesmo, é ela quem você deve tocar. Por isso, convido todos a pensar na importância da experiência e a desenvolver técnicas para o mercado person to person – o P2P”, disse Henry.

Mais do que um tempo de mudanças, atualmente a sociedade vivencia uma transição de época. “A mudança é inevitável, em qualquer mercado ou situação. Mas cabe a nós entender se queremos ou não ser os líderes deste momento”, refletiu Klauss.

E a ferramenta para estes novos tempos de hiperconectividade e hiperinformação, onde todos estão conectados pelo toque em uma tela de celular que promove um impacto imediato em tudo e todos é lembrar sempre da pessoa por trás da tela. “Precisamos criar uma conexão emocional que vá além do produto ou serviço que oferecemos. Mesmo nos tornando seres altamente tecnológicos, seremos sempre tocados pela simplicidade da inovação a ser feita com as próprias mãos, como elas poderão ser iluminadas de uma maneira diferente gerando também um impacto diferente. Por isso reafirmo: este processo começa nas pessoas, e não nas ferramentas”, disse Klauss, ilustrando a mensagem com uma bela apresentação de luz e sombra feita com as mãos.

De acordo com os ilusionistas, cada empresário precisa entender sobre o próprio negócio e produto, pensando de maneira criativa em como mudar e inovar, entendendo de gente e se adequando às necessidades das pessoas. “Mesmo pensando nos nossos negócios de maneira individual, precisamos entender que somente juntos é que vamos construir um novo futuro. E a melhor maneira de prever o futuro é fazer ele junto, agora”, comentou Klauss. Para ele, o segredo é ter um propósito claro, para manter a fé nas dificuldades e a força necessária para conquistar os próprios sonhos, tornando-os realidade. “Afinal, nem a vida nem os sonhos são feitos por um toque de mágica!”, brinca.

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