O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou a distribuição dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2024/2025. O orçamento disponibilizado para o setor, que está sob o guarda-chuva do Plano Safra, atingiu a marca histórica de R$ 6,88 bilhões. Outro ponto relevante é a manutenção da taxa máxima de juros em 11% ao ano, mesmo patamar da safra anterior.
Os recursos serão distribuídos para as seguintes linhas de crédito: financiamento para aquisição de café (FAC) (R$ 1,61 bilhão); crédito para capital de giro (R$ 1,01 bilhão); crédito de comercialização (R$ 2,49 bilhões); crédito de custeio (R$ 1,73 bilhão); e crédito para a recuperação de cafezais (R$ 30 milhões).
Pleito da ABIC faz valor do crédito para Capital de Giro alcançar marca histórica
A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) defendeu o remanejamento de recursos ociosos para a linha de crédito para Capital de Giro, principal linha destinada à indústria. Com o apoio de representantes do setor público e privado, o pleito da Associação fez com que o valor chegasse a R$ 1,01 bilhão, um recorde para o segmento, tornando a linha de capital de giro a que mais cresceu em termos percentuais.
“A ABIC, sempre ao lado do industrial, defende o melhor para a cadeia cafeeira. Uma linha de crédito menos burocrática para Capital de Giro, com mais recursos disponíveis, beneficiará os industriais. É uma importante vitória para o nosso setor”, celebra Celírio Inácio, Diretor Executivo da ABIC.
Vale lembrar que a ABIC, em 2021, conquistou a isonomia da taxa de juros no âmbito do Funcafé, reduzindo a taxa máxima de juros para a indústria de torrefação ao igualar as condições em face das taxas aplicáveis às linhas de interesse dos cafeicultores.
Recursos para pesquisa e promoção do café brasileiro
Outra importante conquista do setor cafeeiro foi a alocação de R$ 31,1 milhões para financiar pesquisas, estatísticas e a promoção do café brasileiro. Após décadas sem recursos do Funcafé aplicados na promoção da imagem do grão, R$ 4,6 milhões serão destinados ao planejamento do marketing nos mercados nacional e internacional.
Do total, a Embrapa Café receberá R$ 17,6 milhões para investir em pesquisa e capacitação de técnicos. Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Subsecretaria de Tecnologia da Informação (STI), ficarão com R$ 9,02 milhões, cujo objetivo é sistematizar processos, inclusive de modernização do levantamento de safra.
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