Em 2021, o Jornal do Café celebra 30 anos de existência. São três décadas, totalmente dedicadas a levar informação relevante e de qualidade sobre o setor cafeeiro para o público. Nesta edição, conversamos com José Eduardo Costa Gialaim, Diretor de Atendimento e Criação da agência GSB2 Publicidade e responsável pelo layout do JC. Ele contou um pouco sobre o processo criativo anterior a construção da identidade visual, o objetivo por trás da estratégia, o protagonismo do café e, ainda, explicou como se deu a transição do papel para o digital.
A renovação de uma marca
Após ser fundado em 1991, o Jornal do Café se tornou referência no agronegócio nacional. As reportagens exclusivas fizeram dele a principal fonte de informação sobre o tema. Foi no início dos anos 2000, após realizar inúmeros trabalhos para a ABIC, que a GSB2 foi, então, convidada para ajudar na renovação da sua imagem.
Antes impressa em formato de jornal, a publicação passou para o formato de revista, já que o volume de conteúdos só crescia. José Eduardo Costa Gialaim, o Zeca, como gosta de ser chamado, conta que era necessário elaborar uma marca que trouxesse em sua identidade o grão de café, representando assim toda a indústria e o consumidor.
O objetivo por trás dessa ideia foi construir e transferir toda a credibilidade da ABIC como entidade para o Jornal do Café. A proposta da nova identidade era não somente comunicar e apresentar as novidades do setor, mas também se tornar uma fonte confiável para os consumidores.
“O Café é o elemento protagonista. Ele deve estar presente na marca. Como o nome da publicação já tinha alcançado o status de fonte de informação do setor, o lettering também recebeu um tratamento mais limpo e sólido para gerar força e facilidade de leitura”, pontuou Zeca.
Com o passar dos anos, os conteúdos tornaram-se mais diversos e os colaboradores aumentaram. A introdução das colunas foi necessária para destacar as ações dos parceiros e Associados, além de abordar temas como sustentabilidade, eventos, qualidade, rastreabilidade, novas tecnologias e inovações. Assim, nasceram as sessões que eram, em sua maioria, assinadas por autores e colaboradores já renomados, experientes e formadores de opinião.
A transição para o digital
A revolução tecnológica e a velocidade da informação transformaram a maneira de produzir textos para o Jornal do Café. O volume de informações ficou cada vez mais rápido e cresceu de tal forma que o impresso começou a ficar datado e desatualizado. Por outro lado, o acesso às páginas digitais aumentou, motivo pelo qual a transição para o on-line foi inevitável.
O publicitário diz que trabalhar na identidade visual digital do JC foi mais um desafio prazeroso: “Agora, já não tínhamos mais o papel e nem a diagramação impressa. A nossa preocupação girava em torno de elementos como a velocidade, a hierarquia e o título. Questionamos a entidade, os colunistas, as assessorias de imprensa, os colaboradores, os anunciantes e, principalmente, os leitores. Todos foram unânimes: queremos informação rápida, atual, de fácil navegação e que esteja integrada com as mídias sociais”.
A publicação sofreu uma profunda transformação ao longo desse período. Ela foi se atualizando, utilizando fontes mais modernas e elegantes, sempre priorizando a facilidade de leitura. A cor amarela foi definida como padrão da página, parte da estratégia da ABIC que tinha o objetivo de usá-la para representar a área de comunicação da entidade.
Ao ser questionado sobre como se sente por fazer parte da história do Jornal do Café, Zeca afirma que todo o trabalho foi muito emocionante e gratificante. A possibilidade de colaborar com amigos e grandes nomes da indústria o fizeram crescer como profissional e ser humano. Segundo ele, o café, que é poderoso, atravessa gerações e se atualiza sempre.
Que venham mais 30 anos de história, informações e muito café!