Entenda o varejo digital: tendências de consumo e características atuais do setor

A ABIC conversou com o professor Ulysses Reis sobre o comportamento do consumidor no ambiente virtual

mulher em frente na mesa com computador e xícara de café
Crédito: Freepik
23/06/2021
Publicado em

Utilizar plataformas virtuais para comprar e vender produtos e/ou serviços é um hábito sem volta. Além das vantagens proporcionadas pela modalidade como a comodidade por não precisar sair de casa, a variedade de opções na forma de pagamento, a possibilidade de checar a opinião de outros consumidores, ter acesso a cupons de descontos, dentre outros, o e-commerce possibilita ao usuário fazer uma comparação de valores em tempo real. 

Somente no primeiro trimestre de 2021, o varejo digital cresceu 72,2% e obteve um faturamento de R$ 35,2 bilhões, segundo dados apurados pela Neotrust, consultoria especializada no setor. Ao todo, foram realizadas 78,5 milhões de compras on-line no período, um volume 57,4% maior do que o registrado no mesmo período de 2020. 

Com o intuito de entender mais sobre as transformações sofridas pela modalidade, ainda mais em época de pandemia, as suas principais tendências e orientar os pequenos e médios vendedores que desejam ingressar nesse mundo, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) conversou com o professor Ulysses Reis, coordenador do MBA de Gestão de Varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV)

Características do setor na atualidade

Centro de Distribuição de E-commerce – Crédito: Freepik

Até o ano de 2019, os clientes entravam na internet e buscavam os produtos de desejo. Porém, a partir de 2020, o professor destaca que houve uma mudança sutil nesse cenário. Atualmente, não somente o consumidor busca pelo artigo, mas ele também é achado pelas marcas. Basta fazer uma pesquisa prévia na internet sobre um tema de interesse que o algoritmo entende o comportamento do consumidor e começa a selecionar e sugerir anúncios relacionados. A tecnologia mudou a concepção do varejo digital.

Tendências de consumo 

Primeiramente, é necessário entender que hoje em dia quem dispara o processo é o cliente. Afinal, ele não compra da mesma forma que antigamente. Era comum que o usuário entrasse no ambiente virtual para fechar negócio. Já no contexto atual, há inúmeros aparelhos e aplicativos que auxiliam nesse processo, o que Ulysses chama de diversificação dos canais de vendas.

“A tecnologia mudou a forma como compramos, o que se adequa mais a nossa vida. Hoje, podemos dizer que o varejo digital integra e participa do mundo físico através dessas possibilidades”, explica.

O varejo de alimentos também se consolidou como tendência no mundo digital. Os perecíveis se tornaram um hábito de consumo, característica potencializada pela pandemia, o que aumentou a sua procura no on-line. A possibilidade de economizar tempo e fazer as compras de maneira mais rápida atraiu novos clientes. Ademais, essa modalidade permite que os fornecedores e distribuidores prevejam com mais precisão a necessidade de produção de certos ítens, o que evita o desperdício. 

Perfil dos usuários

Outro importante fator relacionado a esse canal é a diversidade do público e, por consequência, dos perfis de consumo. Surgem cada vez mais personas e segmentos de mercado diferenciados. 

Embora as pessoas com mais 65 anos (que eventualmente precisam de auxílio para mexer nas plataformas e não conhecem todas as ferramentas disponíveis) tenha um perfil de consumo diferente daquelas com 20 e poucos anos (que vão entender, buscar opiniões e pesquisar mais a fundo sobre o produto antes de comprá-lo), o ambiente virtual é de caráter democrático.

Dicas para potencializar o seu negócio no varejo digital

Com o intuito de orientar aqueles que estão iniciando a sua atuação nesse modelo de negócio, entre eles os pequenos e médios vendedores, bem como os que desejam potencializá-la, Ulysses afirma que o conhecimento é o melhor investimento

Segundo o especialista, “muita gente entra no comércio eletrônico achando que somente fazer o que os outros fazem é suficiente. Não vão vender. Essas pessoas vão perder dinheiro. Hoje, estamos em outro patamar. O caminho para entrar nesse mercado não é mais o mesmo”. 

O professor sugere ainda que os empresários e varejistas interessados entrem nos market places (shoppings virtuais) e entendam como eles funcionam, assim como as suas vantagens e regras necessárias para viabilizar o sucesso nas vendas.

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