O café está na rotina de boa parte da população mundial. Segundo a Associação Britânica de Café, o grão é a bebida mais consumida do planeta, com aproximadamente dois bilhões de xícaras sendo ingeridas diariamente. No Brasil, ela só perde para a água em popularidade.
Com tamanha presença, é normal o questionamento sobre o impacto da bebida em nossos corpos. A ciência já apontou vários benefícios que o café traz para a nossa saúde, desde que consumido com equilíbrio.
Café pode ajudar o sistema digestivo
Um recente trabalho divulgado por Astrid Nehlig, do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica, teve como objetivo analisar as consequências da ingestão de café nos diferentes níveis do trato gastrointestinal. No estudo, ficou atestado que o consumo moderado, de 3 a 5 xícaras por dia, não gera efeitos nocivos nos vários órgãos digestivos.
[Estudo liga consumo de café a menor risco de câncer]
Entre as descobertas, foi observado que o alimento facilita a passagem da comida desde o esôfago até o estômago e, ao chegar lá, estimula a secreção de sucos gástricos, além de melhorar e agilizar a digestão. Dessa maneira, o corpo não gasta tanta energia e dá um propósito a mais para o cafezinho pós-almoço.
A bebida também está associada à capacidade do cólon de executar os seus movimentos, processo responsável por fazer as comidas se moverem pelo trato digestivo, o que pode reduzir o risco de constipação crônica. Foram encontrados, também, indícios de um efeito protetor contra doenças do fígado, incluindo o carcinoma hepatocelular, um dos tipos mais comuns de câncer no órgão, mas são necessários estudos adicionais sobre a questão.
A pesquisadora não encontrou nenhum link entre o consumo de café e problemas intestinais e digestivos, em especial, no refluxo gastroesofágico, doença influenciada por outros fatores. Os resultados foram publicados na revista Nutrients em janeiro de 2022.
Dessa maneira, fique tranquilo: tomar café continua sendo um hábito saudável ao ser consumido com equilíbrio, além de ajudar no combate a outras doenças.
Redação: Usina da Comunicação
