Empresa japonesa cria calçados a partir de borras de café

CCILU transforma borras de café em sapatos sustentáveis, resilientes e à prova d’água

Calçados com borras de café
Imagem: Divulgação
17/08/2022
Publicado em

As borras de café possuem diversos usos, desde compostagem e, em algumas culturas, para desvendar o futuro. Mas, já pensou em fazer roupas com o que sobra da bebida? A empresa japonesa CCILU, sim, e ela está usando os resíduos em sua linha de calçados veganos, a ExpreSole Panto. Os sapatos feitos pela empresa são à prova d’água e de sujeira, além de flexíveis e laváveis ​​na máquina.

Wilson Hsu, CEO da empresa, afirmou ter a ideia após observar que as borras não eram adequadamente tratadas em diversos países. Ele, então, fundou e financiou uma equipe de pesquisa e desenvolvimento por cinco anos para estudar como os resíduos de café poderiam ser transformados em um material hidrofóbico resiliente para calçados. Em 2018, a solução foi encontrada. O material é misturado com uma fórmula química e transformado em fio de café, combinado com outro, feito de plástico reciclado. A partir dessa fusão é criada a sola e o forro dos sapatos.

[Estudo aponta que reciclagem é item mais lembrado por consumidores]

Ao total, são necessárias 15 xícaras de café para criar um par de ExpreSole, nome dado ao produto. Ele pesa apenas 230 gramas e foi testado em lama e até na neve. Com a iniciativa, a CCILU visa reduzir em 30% o uso de combustíveis fósseis na indústria de calçados.

Empresa brasileira cria relógios e pulseiras com borras de café

No Brasil, a Recoffee Design, criada em agosto de 2018, produz 70 itens com borra de café, passando por colares, pulseiras e brincos, até bandejas, relógios, revestimentos de parede e botões de roupas.

A ideia surgiu durante a graduação do curso de design da designer Ana Paula Naccarato, de Ribeirão Preto, partindo do seu desejo de criar um material sustentável a partir de um resíduo orgânico muito presente no dia a dia. Para fabricar as peças, as sobras dos resíduos são misturadas a resinas vegetais. Em 2020, a empresa utilizava uma média de 100 quilos de borra de café. A matéria-prima é fornecida por cafeterias da região de Ribeirão Preto.

Com informações do AgroLink e UOL.

Redação: Usina da Comunicação.

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