Desafio da torra

Um marco na torrefação de café brasileira. Idealizado pela Capricornio Coffees, o Roaster Camp Brazil inicia uma nova história no universo da torra no país.

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02/02/2019
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Inspirado em grandes eventos internacionais em que são avaliados diversos tipos de torra e técnicas específicas, a Brazilian Coffee Academy, braço educacional da Capricornio Coffees, em parceria com a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, criaram a primeira edição do “Roaster Camp of Brazil”, com a participação de torradores de diversas partes do mundo. O campeonato aconteceu em Londrina, no Paraná, e reuniu dez nacionalidades de especialistas em torra.

“A proposta de trazer este evento ao Brasil é justamente de transferir e levar o conhecimento sobre torra a pequenas, médias e grandes torrefações. Tivemos participantes de todos os tamanhos, todos ansiosos por conhecimento e isso nos deixou muito felizes”, comemora Edgard Bressani, um dos sócios da Capricornio Coffees. A ideia de iniciar uma história no Brasil surgiu por conta do prêmio dos campeonatos internacionais que incluía uma visita às regiões brasileiras produtoras de café. “Aproveitando a vinda dos vencedores, pensamos em trazer também o conhecimento e a expertise aos torrefadores brasileiros e assim melhorar a qualidade e a diversidade da torra”, explica.

A primeira edição do evento reuniu mais de 50 pessoas. Além de buscar os campeões entre os desafios da torra realizados no campeonato, foi uma grande oportunidade de compartilhar conhecimento com uma série de palestras enriquecedoras.

Nathan Herszkowicz apresenta o mercado brasileiro de café, com números que impressionaram os presentes

Nathan Herszkowicz, diretor executivo da ABIC, fez uma palestra sobre o mercado brasileiro de café, trazendo dados mais recentes do consumo de café, da indústria, abordando todos os estágios quanto à torrefação, produtos, níveis de qualidade, variedade de oferta, canais de distribuição de café, entre outros. O público, principalmente os estrangeiros, ficou bastante impressionado com os dados apresentados por Nathan e tiveram a oportunidade de conhecer um pouco melhor o segundo mercado consumidor de café do mundo.

“Foi muito interessante compartilhar conhecimento em uma ocasião como esta, pois para vários participantes o modelo brasileiro de distribuição de mercado, de padarias, cafeterias e até o modo de tomar o café são modelos diferentes do que eles possuem em seus países. Foi um ótimo momento para eles conhecerem os fundamentos da metodologia da ABIC para a certificação e classificação de cafés e também o Programa de Qualidade de Café – PQC”, afirma Herszkowicz.

O sucesso do evento reafirma a importância em compartilhar conhecimentos sobre a torra do café em formatos de desafios como o do Roaster Camp. “Foi incrível estrear este modelo aqui no Brasil. Isso faz com que incluamos a edição brasileira em nosso calendário anual. Em janeiro de 2019, após o Campeonato Mundial de Torra, na Itália, anunciaremos a próxima data no Brasil e quando serão abertas as inscrições”, explica Edgard Bressani.

Estreitar relacionamentos, compartilhar conhecimento e incentivar a busca por cafés de qualidade são premissas da ABIC em todas as suas ações e iniciativas. A participação de torradores internacionais e premiados em outras edições do evento foi um ponto de destaque na edição inaugural do projeto no Brasil. Cada um traz sua bagagem em conhecimento de café, de torra e de hábitos de consumo de seu país. O Roaster Camp Brazil teve os seguintes participantes premiados:

PREMIADOS

Henrik Arvidsson
Ewerton Satiro da Silva
Anderson Alves
Anne Cooper
Flavia Saldanha
Hugo Silva
José Carlos Fante
Denilson Fantin

O Roaster Camp favorece ainda o produtor e o torrefador pequeno ou médio que nem sempre tem a oportunidade de contato com especialistas de outros países. “Conhecer a prática em diversos tipos de torra e seus efeitos na qualidade do café é um diferencial nunca proporcionado no Brasil antes e todo conhecimento compartilhado se torna muito mais valioso, é enriquecedor para a cadeia de café brasileira”, comemora Edgard.

Ações como esta trazem benefícios principalmente para os produtores locais, pois podem diversificar e melhorar a qualidade de seus produtos, além de levar a seus clientes conceitos novos para o consumo do café. Considerando esta importância regional, o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, George Hiraiwa, e o Diretor-Presidente do Instituto Agronômico do Paraná, Florindo Dalberto, participaram do evento e acompanharam este grande momento para a cadeia cafeicultora do estado e do País.

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