Conheça Gahwa, tradicional café do Catar, sede da Copa do Mundo

Bebida é símbolo de hospitalidade no Catar

Café do Catar
Imagem: Wikimedia
05/12/2022
Publicado em

O café é uma bebida mundial e, ao longo de sua história, diversos modos de preparo se tornaram típicos de uma nação. Na Turquia, por exemplo, a bebida é muito mais grossa, pois a água é fervida com os grãos, sem coar. Já no Vietnã, é normal adicionar ovo à receita.

O Catar, país-sede da Copa do Mundo 2022, também possui seu jeito próprio de produzir o alimento, chamado de “Gahwa”. Ela é bem diferente do cafezinho costumeiro dos brasileiros.  O líquido é amarelado, tem consistência de chá e forte sabor de especiarias. A origem se deu há pelo menos 600 anos, com a introdução do café etíope na região. A composição, feita a partir de grãos de café tostados e cozidos, além de cardamomo e açafrão, é a mesma utilizada há séculos.

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Receita é tradição social no Catar

O Gahwa envolve uma série de práticas e rituais tradicionais do país. Ele é servido em majlis, locais dedicados a receber convidados, e possui uma etiqueta específica. O chefe de família é quem prepara o Gahwa e a bebida é oferecida pelos filhos mais jovens. Quem serve deve segurar o dallah, uma espécie de cafeteira, com a mão esquerda e o polegar apontado para cima, e segurar a taça, chamada finjan, com a mão direita. 

Da mesma forma, os convidados devem seguir as regras, e elas ditam que a mão direita é usada para receber e devolver a xícara ao anfitrião. A visita mais importante ou mais velha é servida primeiro. A Taça só chega a um quarto cheio de preenchimento. É educado beber mais de uma vez, mas não mais que três. A forma de comunicar que já se está saciado é agitando o finjan, em vez de se comunicar em voz alta. 

Em 2015, após iniciativa do Catar e outros países como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Omã, o Gahwa foi aceito como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. “Servir o café árabe é um aspecto importante da hospitalidade nas sociedades árabes e é considerado um símbolo de generosidade”, afirmou a Unesco à ocasião. 

Redação: Usina da Comunicação

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