Índice de Confiança do Empresário Industrial, medido pela CNI, registrou uma importante melhora na comparação com maio. Pessimismo ainda está presente, mas bem menor do que no mês anterior
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) em junho, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), começou a se distanciar dos seus piores momentos, registrado em maio deste ano e no auge da crise entre 2015 e 2016. Neste mês, o indicador passou de 34,7 pontos para 41,2 pontos, em uma escala de 0 a 100. Nessa metodologia, os 50 pontos marcam uma linha divisória entre confiança e falta de confiança. Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança.
O aumento do índice pode ser explicada pela melhora nas expectativas do empresário para os próximos seis meses, que registrou alta de 8,4 pontos e subiu para 47,8 pontos. A avaliação em relação ao momento atual ainda é muito ruim. O Índice de Condições Atuais cresceu 2,7 pontos e alcançou 27,7 pontos entre maio e junho deste ano.
“O crescimento do ICEI, ainda que positivo, reflete uma reavaliação do pessimismo que tomou conta do empresariado no início da crise, momento de elevada incerteza. No entanto, a confiança continua baixa, refletindo tanto a severidade da crise como a incerteza que ainda persiste e a pouca eficácia das medidas do governo para prover capital de giro às empresas. A dificuldade de acesso a crédito é uma preocupação adicional e um fator que contribui para a falta de confiança”, diz o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.