Como usar conilon e robusta em blends superiores e gourmets?

Camila Arcanjo ministrou workshop respondendo dúvidas sobre essas espécies de café, quebrando paradigmas e provando que é possível produzir café de qualidade com esses grãos. Por Milena Prado das Neves

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18/03/2019
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Abrindo os cursos na Arena de Conhecimento no 26º Encafé, Camila Arcanjo, coordenadora do Grupo de Avaliação de Café do Sindicafé-SP, ministrou o workshop “Qualidade do Conilon e Robustas Brasileiros”, com a participação ativa de 20 alunos. Em um bate-papo que integrou todos os que estavam na sala, paradigmas foram quebrados a respeito dessas espécies de café que não costumam ter presença garantida em blends superiores e gourmets. Com explicações técnicas no início do curso, Camila falou sobre as principais características do conilon e do robusta, suas informações químicas e especificidades e as técnicas mais sugeridas para extrair o melhor desses grãos – e do perfeito equilíbrio para os blends com arábica.

Com mais de 15 anos em análise sensorial de alimentos, bebidas e cosméticos, Camila é graduada em Química pela Unicamp e é estudante de pós-graduação da FEA na mesma universidade. Atuou por 11 anos na equipe do Laboratório de Análise Sensorial e qualidade pós-colheita do ITAL.

Foi bolsista do IAC em 2015 no projeto de cafés especiais. Tamanho conhecimento favoreceu a etapa prática do curso, em que convidou os participantes para degustarem e realizarem uma análise sensorial dos cafés que provavam.

Após a prova, Camila divulgou do que se tratava, mostrando os grãos torrados de cada uma das xícaras, assim como as especificidades de cada um deles. “Notem que nem sempre os pacotes com os grãos mais bonitos apresentam as melhores bebidas na xícara. Quando se trata de conilon e robusta, é preciso experimentar diferentes blends, torras e não se prender à primeira impressão”, alertou a Q-Grader.

Camila comprovou na prática que, quando o assunto é conilon e robusta, a qualidade faz toda a diferença, apresentando bebidas surpreendentes aos participantes. “Quando temos bons grãos, o resultado é sentido na xícara e é possível usar mais no blend”, concluiu a professora.

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