Tomar café, em doses moderadas, favorece os treinos, estimulando o sistema nervoso, retardando a sensação de fadiga e fortalecendo os músculos
É comprovado cientificamente que consumir café, em doses de 3 a 4 xícaras por dia, é benéfico para a saúde, sendo eficaz também para a prevenção de doenças e para potencializar os resultados na prática de atividades físicas. Pesquisas realizadas pela Embrapa Café mostram que a bebida possui, além da cafeína, vitaminas e nutrientes básicos como potássio, zinco, cálcio, ferro, magnésio e diversos outros minerais, além de compostos antioxidantes, entre eles os ácidos clorogênicos.

Estudos do Prof. Dr. Darcy Roberto colocam a cafeína como importante agente modulador do rendimento físico em vários tipos de atividades esportivas e potencializador da performance durante os exercícios. Em atletas que tomam café diariamente durante os treinos, na dose mínima de 4 xícaras, a cafeína atua como estimulante do sistema nervoso e, por retardar a sensação de fadiga, propicia o fortalecimento dos músculos. Ajuda, ainda, na mobilização de substratos de energia para o trabalho muscular. Conclusão: alto rendimento físico e queima de gordura como fonte de energia.
Além de potencializar a performance durante os exercícios, a cafeína também estimula o cérebro aumentando o estado de alerta e o funcionamento do coração. Com isso, poupa a glicose do músculo esquelético (quanto mais glicose no músculo, mais se retarda a fadiga) e facilita o aumento da quantidade de cálcio dentro do músculo. O músculo vira um supermúsculo e a pessoa não sente sono ou cansaço.
“Por isso, escolhemos a corrida de rua Coffee Run para celebrar o Dia Nacional do Café em 2019 e trazer a temática Café & Saúde, ressaltando os benefícios do consumo da bebida para o atleta. A cafeína, ingerida nas doses recomendadas, aumenta a descarga de endorfinas no cérebro, que são substâncias que dão sensação de prazer. Logo, com mais endorfinas, os atletas têm mais estímulo para prosseguir a atividade física”, explica Mônica Pinto, nutricionista e coordenadora de marketing da ABIC.
Esse estímulo que acontece é conhecido por autogratificação. É quando o nível mais alto é alcançado no cérebro com o consumo do café. Ao receber essa informação, o cérebro tem mais capacidade de produzir a autogratificação, melhorando, ao longo do tempo, de forma significativa, o desempenho dos atletas. Esse efeito é observado tanto em atletas profissionais como nos de fim de semana, sendo mais comum nos primeiros em função da disciplina que a atividade física impõe. No futebol, por exemplo, considera-se que a cafeína aumenta o desempenho, melhora o tempo de reação, atenção mental e processamento visual.
Os artigos publicados nas Cartas Médicas Café & Saúde explicam a ação da autogratificação, que faz com que o atleta treinado siga adiante ao atingir um ponto máximo de cansaço, que normalmente levaria as pessoas sem treinamento a pararem por fadiga. Os atletas passam a utilizar a gordura como fonte de energia, em vez de açúcares encontrados nos carboidratos, o que reduz a sensação de fadiga e melhora o rendimento físico.