Desde maio deste ano que os preços estão melhores do que o mesmo período de 2019.
Fonte: Centro do Comércio de Café de Vitória
De maio até outubro deste ano, as médias de todas as cotações estão superiores àquelas verificadas nos mesmos meses do ano passado, favorecidas, em alguns momentos, pela combinação de níveis de bolsa mais estáveis e taxa de dólar mais alta contra o real. Isso é positivo pois remunera melhor o produtor rural. Ao longo do mês, os preços do conilon mantiveram-se superiores aos preços do arábica “rio” devido à forte demanda pela indústria nacional de café solúvel, de torrado e moído e, principalmente, para a exportação, totalizando volume por demais superior à demanda pelo arábica “rio”. Com a baixa competitividade do Vietnã, o conilon foi ainda mais favorecido. Comparativamente, a média do conilon teve queda de 1,3 pontos percentuais em relação a média de setembro, ao passo que as médias dos arábicas “duro e “rio”, apresentaram quedas de 6,2 e 3,8 pontos percentuais respectivamente. Entretanto, em relação a outubro de 2019, os preços médios das três variedades de café apresentaram boa recuperação: conilon +34%, arábica “duro” +16% e arábica “rio” +21%. O presidente do CCCV, Márcio Candido Ferreira, explica que essa realidade se dá em virtude da relação Bolsa de Londres X Taxa de Dólar serem mais favoráveis (ao conilon), do que a relação Bolsa de Nova Iorque (NY) X Dólar. Os diferenciais praticados para o arábica se alargaram (maior desconto contra a Bolsa de NY, enquanto no conilon, os diferenciais contra a Bolsa de Londres se estreitaram (menor desconto) pela falta de competitividade do Vietnã, conclui Márcio.