Quente ou gelado, puro ou incrementado, o café é uma das bebidas mais saboreadas pelos brasileiros. Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o alimento está presente em 98% dos lares. O grão, e o seu consumo, é praticamente um patrimônio nacional.
Com tamanha aceitação, é normal surgirem questionamentos acerca do seu impacto em nossa saúde. O Jornal do Café tem explicado os efeitos da bebida no corpo. Hoje, falaremos sobre a possibilidade da bebida ser viciante, algo que ainda ocupa o imaginário popular.
Café vicia?
Essa dúvida é motivada pela presença da cafeína, um psicoativo que age diretamente em nosso sistema nervoso, com ação estimulante, proporcionando mais disposição e concentração. Ela também melhora a transmissão da dopamina, um neurotransmissor que produz sensações de prazer e alegria.
Por agir dessa maneira no cérebro, somado ao consumo constante daqueles que apreciam a bebida, construiu-se o mito de que café vicia. No entanto, não existem provas científicas disso. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há nenhuma prova de que o uso de cafeína tenha consequências físicas e sociais comparáveis, ainda que remotamente, às consequências de drogas.
Muitas pessoas podem estar habituadas a tomar quantidades além das recomendadas por dia, mas isso não significa vício, e sim prazer com algo que se gosta. Uma substância só pode ser considerada viciosa se causar dependência, forçando o uso em quantidades crescentes.
No entanto, foi verificado que, quando se adquire o hábito de tomar café regularmente, e essa atividade é interrompida abruptamente, há o surgimento de sintomas muito comuns na abstinência, como dor de cabeça, arritmias, sonolência, ansiedade, entre outros. Por isso, pode ocorrer o equívoco de pensar que o café vicia. Mas, isso depende muito de hábitos individuais, e as manifestações da cafeína no corpo podem diferir muito de acordo com idade, sexo, composição corporal, hábito de consumo da bebida, dentre outros.
Redação: Usina da Comunicação