A campanha intitulada Café Faz o Bem, inaugurada em 2020, pela Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, doou aproximadamente 321 quilos de café puro em 2021. O objetivo do projeto é distribuir os pacotes de café, não violados e dentro do prazo de validade, que sobram após passarem pelas rigorosas análises dos programas de certificação da ABIC.
Mensalmente, cerca de 20 quilos de café são destinados a quatro instituições sociais das mais variadas atividades. Entre elas, está o Projeto Assistencial Novo Céu, uma uma organização social, localizada em Contagem (MG), sem fins lucrativos e que realiza o acolhimento institucional de crianças, adolescentes e adultos com paralisia cerebral.
Tais indivíduos são totalmente dependentes de atividades de vida diária (AVDs) e se encontravam em situação de vulnerabilidade social quando chegaram no Projeto. A média de assistência mensal da ONG é de 200 pessoas.
“O Novo Céu começou a receber doação de café da ABIC em 2020, no auge da pandemia, num momento de muita dificuldade. Essa doação se manteve, o que ajuda muito a instituição, já que se trata de um item de consumo constante. Iniciativas como essa, de amparar necessidades do terceiro setor, são exemplos de responsabilidade social e de inspiração a outras associações. Compartilhar pode parecer simples para quem faz, mas é extremamente importante para quem recebe. Agradecemos a parceria”, afirma Carlos Roberto Mirachi, Diretor presidente voluntário do Projeto Assistencial Novo Céu.
Celírio Inácio, Diretor Executivo da ABIC, explica que doar os pacotes de café sobressalentes é uma forma inteligente de destiná-los de forma correta: “dessa forma, além de evitar o desperdício, estamos contribuindo com uma instituição séria e que desempenha um papel fundamental. Assim como o Projeto Assistencial Novo Céu, a ABIC acredita que o acolhimento e a solidariedade mudam o mundo. Estamos honrados com essa parceria”.
Além do Novo Céu, o Café Faz o Bem também apoia o Asilo São José, o Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus e a Viver SP. Juntas, as quatro instituições amparam mais de 1100 pessoas.
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Sobre o Projeto Assistencial Novo Céu
Fundado em 1991 por Abílio Coelho, a casa só foi inaugurada em 12 de dezembro de 1998, quando as primeiras crianças foram recebidas. São mais de 29 anos desenvolvendo um trabalho reconhecido de acolhimento.
Poucos meses após a inauguração da instituição, Abílio faleceu. Porém, o seu propósito de cuidado e valorização da vida foi seguido pelo seu amigo e companheiro de missão Carlos Mirachi, hoje Presidente-Voluntário da entidade.
A instituição acolhe 60 pessoas, de ambos os sexos, raças distintas e faixa etária de 02 a 60 anos com deficiências múltiplas (paralisia cerebral ou sequelas neurológicas) em situação de vulnerabilidade social. São provenientes de famílias com renda per capita de até um salário mínimo, em situação de risco social e oriundas de cidades da região metropolitana de Belo Horizonte e cidades do interior do Estado de Minas Gerais.
É referência regional neste tipo de acolhimento, especializado em prestar cuidados às pessoas com paralisia cerebral. Em 2018, o Projeto Assistencial Novo Céu foi autorizado pelo Juizado da Infância e Juventude de Contagem a acolher, temporariamente, recém-nascidos sem deficiências cujas mães os entregaram aos cuidados da justiça.
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