Não é de hoje que a ABIC incentiva e apoia iniciativas de profissionalizar e de aperfeiçoar o conhecimento do café. Em março e maio a Associação teve duas excelentes oportunidades de levar conhecimento e, desta vez, a alunos estrangeiros, do Programa Coffee Supply Chain in Brazil, oferecido pela Universidade de Illinois em Urbana Champaign, nos Estados Unidos, e do MBA da Universidade de Simon Fraser, do Canadá.
Durante a visita os estudantes puderam aprender sobre a cadeia produtiva do café, os tipos de certificações da entidade, a representatividade da indústria e o sucesso de inovar no setor.
Em uma palestra realizada pelo diretor executivo da ABIC, Nathan Herszkowicz, os alunos também conheceram os processos de moagem e torrefação e puderam tirar suas dúvidas. “Eu gostei muito, pude absorver o conteúdo, aprendi sobre os produtores de café, os industriais locais e tive a real ideia da enorme indústria que existe no Brasil”, explica a estudante do Programa Coffee Supply Chain in Brazil, Brittany Bancroft, de 21 anos, que escolheu o programa por além de ser uma amante do café (coffelover), tem também em sua família uma história na agricultura, com plantações de milho.
Para o presidente da ABIC, Ricardo Silveira, a troca de conhecimento é sempre muito rica e uma oportunidade de mostrar as inovações no setor cafeeiro, bem como os parâmetros de certificação que fazem com que os cafés com os selos ABIC sejam realmente sinônimo de qualidade e pureza. “Foi um enorme prazer proporcionar este momento de troca de conhecimento e de informações sobre o café. Sempre é uma via de mão dupla, pois ensinamos e também absorvemos com as experiências e perspectivas destes estudantes”, explica Ricardo.
Nadine Khoury, de 29 anos, aluna do MBA da Universidade de Simon Fraser, do Canadá, adorou a experiência de conhecer os processos e entender sobre o mercado brasileiro. Ela é uma amante de café, das que não passa um dia sem a bebida e para ela um grande diferencial da visita à ABIC e também ao Brasil foi aprender a tomar o café brasileiro, servido em xícaras menores: “É muito mais saboroso! No Canadá só tomo café em xícaras enormes e agora quero apenas tomar café do Brasil”, brinca.
Spoorthy Takkallapalli, de 29 anos, é de origem indiana e estuda no Canadá. Para ela, não apenas o café brasileiro é diferente em sabor, como nos modos de preparo. “Eu bebo muito café e não conhecia outros modos feitos no Brasil. Aqui o consumo é maior e isso eu acredito que aconteça também por isso, as opções são inúmeras. Espresso, sem açúcar, com leite, em bebidas geladas, são muitos os meios de impulsionar este consumo”, afirma.
Os alunos conseguiram aprimorar o conhecimento sobre o café no Brasil e entender inclusive a logística e cadeia de suprimentos no Brasil. Para Rachel Jacoby, de 21 anos, da Universidade de Illinois, foi uma surpresa descobrir a importância do café para o Brasil e a cultura do país em produzir e aprimorar cada vez mais as técnicas de produção, moagem, torrefação, entre outros. “Eu escolhi este programa para complementar o lado acadêmico sobre a bebida, para aprender também sobre a logística tanto nos EUA, quanto agora no Brasil. Entender o processo do café do início ao fim foi muito importante para mim, para ter uma noção boa do todo”, reforça Rachel.
Um dos professores que acompanhou o grupo de alunos da Universidade de Illinois, Udatta Palekarm que é também diretor do Programa de Supply Chain, reforça a importância deste intercâmbio de informações, de conteúdo e de vivência. Ele destaca que a visita à ABIC foi uma experiência de sucesso e incrível em absorção de conhecimento e de novas ópticas sobre a indústria do café. Que estas sejam as primeiras de muitas iniciativas junto à universidades.