No último dia 29/03, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) obteve o apoio dos membros do Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) e conquistou a aprovação da igualdade dos juros para a indústria torrefadora. Além disso, o orçamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2021/2022 foi aprovado no valor de R$ 5,9 bilhões. As medidas foram submetidas à aprovação final do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Entenda as mudanças para a safra cafeeira 2021/2022
Na prática, o associado da ABIC que buscar financiamento para aquisição de café ou capital de giro pelo Funcafé, contará com a taxa máxima de 5,75% ao ano, ao invés de 7,25% ao ano. “A entidade buscou a isonomia na taxa de juros depois de estudar evidências e analisar dados oficiais referentes aos últimos dois anos. Assim, foi possível promover um debate informado e argumentar pelo nivelamento das condições entre todos os atores da cadeia do café. ”, explica o advogado Felipe Lélis Moreira, Consultor de Relações Governamentais da ABIC.
O orçamento recorde do Funcafé também é motivo de comemoração. Para a linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC) serão destinados R$ 1,3 bilhão. Para capital de giro, serão R$ 630,5 milhões. A expectativa é de que os valores sejam disponibilizados pelos bancos com as novas taxas a partir de julho de 2021.
A aprovação da isonomia na taxa de juros é fruto de um amplo diálogo iniciado pela ABIC, mas que representa uma conquista para o desenvolvimento de todo o setor cafeeiro. Por isso, o apoio de todos representantes do setor público e privado foi fundamental. A medida vai impactar diretamente a indústria de torrefação, que nos últimos anos pagou mais caro ao tomar financiamentos para aquisição de café e capital de giro. “A partir de agora, a taxa de juros será prefixada de maneira igualitária para todas as linhas de crédito do Funcafé. ”, ressalta Ricardo Silveira, presidente da ABIC.
Nos próximos meses, a ABIC irá promover ações de capacitação junto aos associados sobre os tipos de financiamento, as vantagens e como fazer. Além disso, a entidade irá fomentar o diálogo institucional com agentes financeiros, visando o efetivo acesso ao crédito para a indústria de torrefação.
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