Acadêmicos do Tatuapé levou o café para Sambódromo do Anhembi

Escola apresentou história do café por uma perspectiva religiosa

Acadêmicos do Tatuapé - Crédito: Fabio Tito - G1
Crédito: Fabio Tito - G1
02/05/2022
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No dia 23 de abril, a Acadêmicos do Tatuapé encerrou os desfiles das escolas de samba de São Paulo. Com o samba enredo “Preto Velho Conta A Saga Do Café Num Canto De Fé”, desenvolvido pelo carnavalesco Wagner Santos, o subgênero do samba apresentou a história do grão por meio da perspectiva da entidade religiosa “Preto-velho”.

A música, assinada por 22 compositores, abordou a chegada das primeiras sementes de café a Belém do Pará até a migração para o Rio de Janeiro, onde se espalhou pelo país e recebeu o apelido de “ouro negro” nas fazendas cafeeiras de Minas Gerais. O samba também destacou a importância que o alimento teve no crescimento do Brasil.

[Conheça mais vezes que o café deu samba!]

“Lerê, lerê

Na labuta do cafezal

Cresce o meu Brasil menino

Lerê, lerê

O progresso trilhou

Reluziu o ouro negro meu sinhô”

Confira a música na integra:

A escola trouxe para o desfile o aroma característico da semente. No abre-alas, integrantes perfumaram a avenida com defumadores e ervas. Andrea Capitulino, rainha de bateria da Acadêmicos, carregou em sua fantasia um cajado com incenso de café, para representar a ancestralidade do tema. O terceiro carro misturou café e arte, e expôs a figura de Roberto Carlos, devido à música Café da manhã, que evoca sentimentos de carinho e afeto, muito associados à bebida.

Não é a primeira vez que uma escola de São Paulo fala sobre o grão em seu desfile. Nos anos 2000, a X-9 Paulistana, com o samba “Quem é Você, Café?”, se tornou a campeã daquele ano, ao lado da Vai-Vai. Desenvolvido pelo carnavalesco Lucas Pinto, a canção focou na chegada do café no Brasil, em 1730 e, também, na crise de 1929. Os carros e as fantasias da escola traziam em sua decoração as folhas da planta de café, além da forte presença do vermelho, cor do fruto.

Agronegócio já foi tema de outros desfiles

Em 2016, a Unidos da Tijuca, do Rio de Janeiro, teve como tema o solo, tão importante para o café e agronegócio, em geral. Com o enredo “Semeando Sorriso, a tijuca festeja o solo sagrado”, ela contou a história da relação do homem com o solo, desde a formação de riquezas naturais até os alimentos que o homem cultiva, a escola mostrou a importância da preservação da terra.

A escola Herdeiros de Vila Isabel, desfilou, em 2013, com a composição “A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo – ‘Água no feijão que chegou mais um’”, e retratou o trabalho no campo e como a dedicação dos produtores tornou o Brasil um destaque na agricultura mundial.

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Redação: Usina da Comunicação

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