A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) realizou, no dia 2 de agosto, um workshop sobre análise sensorial dos cafés canéforas, na sede do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (SINDICAFÉSP). O evento contou a presença do especialista em classificação, degustação e controle de qualidade do café, com mais de 30 anos de atuação no mercado, Sílvio Leite e da especialista em análise sensorial de café, Camila Arcanjo, que ministraram o encontro. O foco foi aprimorar a metodologia do Programa de Qualidade do Café, de modo a sempre informar melhor o consumidor do alimento que está adquirindo.
Na ocasião, foi realizada uma calibração dos laboratórios da ABIC com as espécies canéfora e arábica, em diferentes composições de blends e origens, proporcionando a todos um aperfeiçoamento do conhecimento técnico das características sensoriais e dos atributos que esses tipos oferecem na xícara. Camila detalha: “Fizemos avaliações às cegas de cafés muito complexos, exóticos e vencedores de concurso. Também discutimos as percepções dos diversos blends e grãos disponíveis no mercado. Foram mais de 30 amostras apresentadas na oficina.”
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Para a especialista, o evento foi uma oportunidade única: “Ministrar essa oficina ao lado do corpo técnico da ABIC e na companhia de Silvio Leite representa um enorme ganho profissional. A Associação foi muito cuidadosa na construção desse workshop, com um conteúdo muito rico ensinado de forma leve.”
Participaram do evento os laboratórios parceiros da Associação que realizam as análises sensoriais do PQC, Coffeccina, Escritório Carvalhaes e ITAL, além da presença de alguns convidados e do Vice- presidente da Associação, Edvaldo Frasson.
Sobre o método PQC da ABIC
O Programa de Qualidade (PQC) revolucionou a forma como o tradicional grão torrado é produzido e comercializado no país. Através de exigentes e rigorosos testes, a ABIC classifica os cafés com uma nota de Qualidade Global (QG), numa escala de 0 a 10 pontos, dividindo-os em quatro categorias: Gourmet, Superior, Tradicional e Extraforte. Os produtos testados e aprovados recebem uma certificação de qualidade, ajudando os consumidores a encontrarem os cafés que melhor se encaixam em suas preferências.
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A ABIC monitora constantemente a qualidade dos cafés do mercado, através de coletas realizadas por auditores independentes nos pontos de venda. Os cafés são descaracterizados e enviados para os laboratórios credenciados para análise. Dessa forma, a Associação mantém o compromisso em garantir a qualidade do café que chega na mesa dos brasileiros.
Redação: Usina da Comunicação