A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) participou, no último dia 22, na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, de um encontro que tratou do posicionamento da indústria do café nacional e regional no que se refere à qualidade dos cafés industrializados. O Sindicato da Indústria de Café (SINCAFÉ) também esteve presente na reunião.
Presidida pela Deputada Janete Sá (PMN/ES), o encontro ocorreu em resposta às denúncias recebidas pela Comissão de Agricultura sobre adulteração de café realizada por algumas marcas. Comentando sobre a ação, Janete declarou que o tempo de tomar café impuro “já passou”, e é direito do consumidor ter acesso a uma bebida de qualidade.
Mônica Pinto, Coordenadora de projetos da ABIC, reforçou o papel da Associação no incentivo à produção de café puro, e lembrou da relevância do Selo de Pureza como um importante divisor de águas para o setor: “Tínhamos um cenário de fraude muito grande nos anos 70 e 80, com 30% das marcas comercializadas na época burlando a legislação”, afirmou a Coordenadora no plenário. Mônica ainda informou aos presentes que, para criar um programa que estimulasse o consumo do produto com qualidade, a Associação investiu mais de R$30 milhões, sem nenhum recurso proveniente do Governo.
Mônica apontou que, desde a criação do Selo de Pureza, em 1989, o consumo de café aumentou em 200%, chegando a 21 milhões de sacas em 2020. Além disso, o investimento em fiscalizações, por parte da Associação, é de R$ 2 milhões ao ano.
[Programa de Certificação da ABIC preza pela melhor experiência do consumidor]
O Diretor executivo da ABIC, Celírio Inácio, exemplificou algumas medidas de promoção de segurança alimentar realizadas como o ABICAFÉ, aplicativo onde os usuários podem, através de um QR Code na embalagem do produto, terem acesso a informações sobre o item logo no momento da compra.
Importância da ABIC para o setor foi destacada
Também esteve presente na reunião Egidio Malanquini, diretor do SINCAFÉ, que, em sua fala, destacou que a ABIC é essencial para o bem-estar do setor cafeeiro do estado. “Nossos cafés, arábica e conilon, são os melhores do país. Nenhuma marca capixaba certificada pela ABIC foi considerada irregular”, declarou. O estado, 2º maior produtor de café do Brasil, também não faz parte do “Mapa da Fraude” da Associação, que monitora quais regiões possuem maiores ocorrências de fraude.