ABIC EDUCA PROMOVE WEBINAR “INSTRUMENTOS MITIGADORES DE RISCO DE PREÇO”

Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil é convidada

Webinar Mitigadores de Risco de Preço
21/07/2021
Publicado em

Na tarde da última quinta-feira, 15/07, o Projeto ABIC Educa promoveu o Webinar “Instrumentos Mitigadores de Risco de Preço”. Celírio Inácio, Diretor Executivo da ABIC, e Monica Pinto, Coordenadora de Projetos da Associação, abriram o evento e deram as boas-vindas aos palestrantes Danilo Oliveira e Elizângela Pimenta, da diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, que apresentaram opções de produtos que podem ser de interesse da indústria de café.

Termo de mercadorias

Durante sua apresentação, Oliveira explicou sobre os Derivativos, que tem como intuito serem instrumentos de proteção financeira contra oscilações de preços. E derivam do preço de commodities (café, soja, boi gordo, metais e energia), ações, taxas e índices. Os Derivativos podem ser negociados na bolsa ou no balcão, no caso do Banco do Brasil no Balcão.

“O BB oferece o Derivativo conhecido como Termo de Mercadorias. Essa modalidade trava o preço da commodity em uma data futura e apresenta as seguintes características: contemplam café, soja, milho, boi gordo e açúcar; a contratação é feita na agência e na mesa de operações do BB; não há prêmio ou tarifa de contratação (spread no preço, ou seja, o lucro do banco); o ajuste financeiro é em reais no vencimento; trata-se de um produto ajuda na previsibilidade do fluxo de caixa da empresa”, destaca o membro da diretoria de Agronegócios.

O especialista também salientou a forma de funcionamento do Termo de Mercadorias. “O cliente tem de informar a quantidade, por exemplo, de café, o prazo e a ponta a ser protegida. Já o banco informa qual o preço a ser fixado. Assim, a receita ou despesa futura do cliente fica previsível”. 

Neste caso, não importa a variação de preço da saca de café no vencimento. O custo da empresa será sempre o mesmo do pactuado. Se, por exemplo, uma indústria contratou o valor de R$ 1.200,00 por saca de café para daqui a um ano e o preço do café sobe para R$ 1.350,00, o preço para a indústria permanece o mesmo, pois o Banco creditará na conta do cliente o valor de R$ 150,00 excedente. Porém, o mesmo raciocínio vale em caso de queda do preço. Se o preço cair para R$ 950,00 no vencimento, ou seja, R$ 250 abaixo do pactuado, a indústria deverá repassar ao banco a quantia faltante. Há, portanto, um risco que deve ser avaliado antes da contratação do produto.

Opções Agro BB

Já Elizângela Pimenta contou sobre outras alternativas oferecidas pelo Banco do Brasil, como o produto “Opções Agro BB”. O objetivo deste produto é não deixar o cliente exposto às variações de preços do mercado de commodities agropecuárias, inclusive o café.). O produto é destinado a produtores rurais, agroindústrias, beneficiadores, cooperativas agropecuárias e demais participantes da cadeia agro que tenham conta ativa no BB e cadastro atualizado. 

 O “Opções Agro BB” funciona sob uma lógica parecida com a de um seguro de carro. O cliente desembolsa no início do contrato um valor como o do “prêmio” de um seguro. No caso, o “sinistro” para o interessado em comprar café, por exemplo, seria o aumento do preço da saca acima do pactuado com o Banco. Se isso ocorrer, o beneficiário receberá do Banco o valor para completar o preço para a compra da saca mais cara.

“O Banco do Brasil garante o direito de comprar ou vender uma commodity (café) a um preço pré-estabelecido (strike) em uma data futura, mediante pagamento de um prêmio. São contratos de balcão registrados na Cetip que permitem maior flexibilidade nas negociações. Os strikes e os vencimentos são referenciados em Bolsa de Valores nacionais e internacionais”, explica Elizângela.

Uma diferença deste produto (Opções Agro) para o mencionado anteriormente (Termo de mercadorias) é que no “Opções Agro BB”, se na data futura, o preço estiver abaixo do pactuado, o cliente não deverá pagar nada ao Banco, podendo se beneficiar da baixa do preço. Isso, porque já pagou o prêmio quando da contratação do produto.

Por outro lado, no Termo de Mercadorias, como não há valor a ser desembolsado no início, existe o risco de ter de completar a diferença entre o valor pactuado e uma eventual baixa do preço inferior ao pactuado, conforme o exemplo citado acima.

Portanto, não é possível afirmar qual é o melhor produto para qualquer tipo de caso e qualquer perfil de cliente. Cada um deverá ser avaliado segundo o planejamento da indústria e o nível de risco que a empresa está disposta a aceitar enquanto persegue seus objetivos.

Para saber mais sobre instrumentos mitigadores de risco de preço e seus impactos na indústria de café, entre em contato com a ABIC através do e-mail abic@abic.com.br

Redação: Usina da Comunicação

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