Em 1990, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a segunda quinta-feira de novembro como o Dia Mundial da Qualidade, um marco para todos que ajudam as empresas a entregarem seus produtos ou serviços dentro dos padrões estabelecidos pelos órgãos reguladores.
Antes mesmo da ONU oficializar a data em todo o mundo, diversos países tinham as suas próprias comemorações. No Japão, a celebração remonta aos anos 60, enquanto o Canadá e os Estados Unidos realizam desde 88.
A cada ano, um mote é escolhido para direcionar as comemorações da data, e o de 2022 é: “Consciência de qualidade: fazendo a coisa certa”. A ideia é trabalhar temas voltados à conscientização das pessoas e à importância da qualidade.
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ABIC visa garantir café de qualidade para consumidores
A pauta é de extrema importância para a Associação da Indústria de Café (ABIC), fundada com o compromisso de garantir a produção de cafés de qualidade para os brasileiros. Nos anos 80, a taxa de adulteração no alimento era de 30%, onde as empresas mal intencionadas ofereciam produtos misturados com palha, milho e outras substâncias estranhas.
O trabalho da ABIC mudou esse cenário e, após assumir o compromisso de combater esta prática, o percentual de cafés adulterados diminuiu consideravelmente, e está em aproximadamente 1%. Com isso, a oferta de cafés de melhor qualidade alavancou o consumo do produto, que aumentou em 162% nos últimos 30 anos, passando de um per capita de 2,27 Kg/ano, para 4,84 Kg/ano. Em 2021, foram 21,5 milhões de sacas e o investimento em fiscalizações, por parte da Associação, é de R$ 2 milhões ao ano.
Agora, o consumidor pode contar com uma série de ferramentas que garantem a qualidade do produto adquirido. A ABIC, com os seus programas de certificação, visa dar segurança aos brasileiros e oferecer a todos um café livre de adulterações ou misturas, ou seja, um café puro.
As principais certificações são: o Selo de Pureza, também conhecido como Programa Permanente de Controle da Pureza do Café (PPCPC), criado pela Associação em 1989, antes mesmo do Código de Proteção e Defesa do Consumidor. O Selo garante que o café não tem impurezas ou misturas. Além disso, há também o Selo de Qualidade, que funciona por meio de uma metodologia sensorial, segmenta os cafés em quatro categorias de qualidade: Extra Forte; Tradicional; Superior e Gourmet.
O que o público entende como um café de qualidade?
Em pesquisa realizada pela ABIC com a São Paulo Coffee Hub, intitulada “Perfil do consumidor de café que busca qualidade”, uma das perguntas buscou saber o que os clientes entendem como um “bom café”.
O estudo dividiu os participantes em três categorias: o público geral, que toma café todo dia, mas não estuda sobre o tema; entusiastas, com um pouco mais de conhecimento sobre o assunto; e especialistas, pessoas que trabalham na área.
Para o público geral, características como “encorpado”, “embalado a vácuo” e “sustentabilidade” são importantes para definir um café de qualidade. Os entusiastas também valorizam esses pontos, e a categoria “moído na hora” é considerada. A tendência segue com os especialistas, que destacam, ainda, a necessidade de ser um “café especial”. Todos os três grupos priorizam o “excelente aroma” para definir um bom café.
Redação: Usina da Comunicação