As abelhas oferecem muito mais que mel ao mundo. Elas são importantes para a biodiversidade como um todo. Uma pesquisa da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, estima que um terço dos alimentos consumidos no mundo é diretamente dependente do trabalho das abelhas, responsáveis pela polinização de 80% dos cultivos do planeta.
Mesmo o café sendo uma planta autógama, ou seja, produz frutos sem a presença de polinizadores, a criação de abelhas em torno dos cafezais pode trazer benefícios para as lavouras. O biólogo Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, em entrevista para o site The Perfect Daily Grind, descobriu que, quando as abelhas visitam o cafezal, a produtividade é 28% maior, em média. “Isso não significa que o produtor não consiga produzir quando não tem abelha. Ele consegue. Mas vai produzir bem menos”, explica.
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Por conta desses benefícios, muitas fazendas utilizam o serviço de aluguel de colmeias, disponibilizados por startups como Agrobee, que promove a integração entre produtores rurais e criadores de abelhas. Dentro de critérios científicos preestabelecidos, a empresa leva colmeias para lugares específicos da propriedade onde as abelhas vão realizar o que já fazem na natureza.
A polinização melhora a qualidade do café, pois impacta no tamanho dos frutos e sementes, e também incrementa a presença de açúcares nos grãos.
Prática ajuda também com a sustentabilidade
Além da melhora de qualidade e quantidade da produção, a polinização assistida permite aos produtores reduzir o impacto da lavoura no meio ambiente, com preservação de biodiversidade, não utilização de pesticidas e redução de emissões de carbono para cada tonelada de café produzido. O método também ajuda a reduzir a utilização de água nos cafezais, uma vez que as plantas precisam de menos recursos.
