Já imaginou se o hábito de beber café estivesse ligado a uma redução nas chances de desenvolver sintomas da COVID-19? É o que descobriu um estudo realizado por pesquisadores da Northwestern University, localizada no estado de Illinois, nos Estados Unidos.
O experimento, conduzido em 2020 e que examinou as rotinas diárias e os hábitos alimentares dos 40.000 participantes, mostrou que os consumidores de uma ou mais xícaras da bebida por dia têm 10% menos probabilidade de apresentar sintomas de coronavírus do que aqueles que não a bebem diariamente.
Além disso, os amantes de café possuem menos chances de sofrerem com a forma grave da doença. Embora a pesquisa científica não tenha provado a causa, acredita-se que a razão para a correlação seja pelo fato dos grãos conterem antiinflamatórios e antioxidantes.
Segundo os pesquisadores, Thanh-Huyen T. Vu, Kelsey J. Rydland, Chad J. Achenbach, Linda Van Horn e Marilyn C. Cornelis, “o consumo de café se correlaciona favoravelmente com biomarcadores inflamatórios, como CRP, interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral I (TNF-I), que também estão associados à gravidade e mortalidade da COVID-19. O consumo de café também foi associado a um menor risco de pneumonia em idosos. Em conjunto, um efeito imunoprotetor do café contra a COVID-19 é plausível e merece mais investigação”.
Café ajuda na prevenção de outras doenças
Uma pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que o café pode beneficiar o sistema cardiovascular e respiratório. Com base nos hábitos de consumo da bebida, de dados sociodemográficos, de estilo de vida e, ainda, por meio de exames de sangue e medição de pressão arterial de um grupo de 8,7 mil pessoas, a pesquisa mostra que a ingestão moderada de café (uma a três xícaras por dia) pode reduzir em 20% o risco de hipertensão.
Além da cafeína, a bebida contém sais minerais, vitaminas, diterpenos e ácidos clorogênicos. Possui, também, forte atividade antioxidante, previne a depressão e a sua ingestão é inversamente associada ao risco de desenvolvimento de Parkinson, Alzheimer, diabetes do tipo 2 e alguns cânceres.
Segundo um estudo divulgado pela British Medical Journal, importante revista acadêmica de medicina do Reino Unido, o consumo de até quatro xícaras diárias está associado a uma menor probabilidade de desenvolver problemas cardiovasculares, como derrames cerebrais. Ou seja, tomar café, em especial o do tipo filtrado, ainda reduz as chances de infarto do coração e previne contra a diabetes.
Confira o estudo: