Boletim Carvalhaes N°27 de 03/07/2020

carvalhaes
03/07/2020
Publicado em

Santos, 03 de julho de 2.020 – ano 87 – número 27.

Depois de três semanas consecutivas acumulando alta frente ao real, totalizando no período valorização de 9,37 %, nesta semana o dólar recuou quase 3 % frente à nossa moeda. Já os contratos de café em Nova Iorque subiram forte, e nos contratos com vencimento em setembro próximo somaram, até ontem, 655 pontos de alta. Hoje não houve pregão na ICE Futures US. O feriado do Dia da Independência – 4 de julho – foi adiantado para esta sexta-feira, 3 de julho, nos Estados Unidos.

A subida das primeiras frentes frias deste inverno, o forte recuo do dólar frente ao real e a divulgação pela OIC – Organização Internacional do Café que as exportações globais de café recuaram 4,7% no período outubro de 2019 a junho de 2020, deram impulso às cotações do café na ICE Futures US.

Com os institutos de meteorologia apontando a subida de duas frentes frias, as cotações de café na bolsa de Nova Iorque trabalharam em alta. Apesar dos institutos informarem serem pequenas as possibilidades de geadas sobre os cafezais do sudeste brasileiro, muitos operadores e especuladores procuraram cobertura, levantando as cotações.

Com a ICE em alta e uma frente fria subindo, o mercado físico brasileiro apresentou-se firme e com interesse comprador durante toda a semana. As bases de preços oferecidas foram subindo dia a dia, mas menos que em Nova Iorque. Saíram negócios, principalmente com lotes de qualidade média a fraca. A forte volatilidade do dólar e dos preços na ICE levam os compradores a trabalharem com prudência. Estamos no início de uma safra de ciclo alto e as previsões de ondas de frio não falam até agora em possibilidade de geadas. Lotes de boa qualidade a finos, bem preparados, foram comercializados a 500 reais e acima. CDs finos passaram dos 600 reais. Até agora, o que mais aparece no mercado são lotes de média qualidade a fracos. São poucos os lotes de boa qualidade a finos oferecidos para comercialização.

Esses lotes serão usados nestes primeiros meses do novo ano-safra para o cumprimento das vendas físicas (contratadas meses atrás) para entrega futura. O excedente será estocado e vendido aos poucos ao longo dos meses restantes, nos dias em que os preços estiverem em bases melhores, que remunerem os fortes investimentos para conseguirem cafés de boa qualidade com sustentabilidade e os custos extras necessários para colocar em prática os protocolos estabelecidos para a proteção da saúde dos trabalhadores em tempos de pandemia.

Até dia, 2 os embarques de junho estavam em 1.418.925 sacas de café arábica, 604.339 sacas de café conillon, mais 259.166 sacas de café solúvel, totalizando 2.282.430 sacas embarcadas, contra 2.636.988 sacas no mesmo dia de maio. Até o mesmo dia 2, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 3.012.649 sacas, contra 3.243.787 sacas no mesmo dia do mês anterior.

Até dia, 2 os embarques de julho estavam em 1.400 sacas de café arábica, 667 sacas de café conillon, totalizando 2.067 sacas embarcadas, contra 282 sacas no mesmo dia de junho . Até o mesmo dia 2, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 88.518 sacas, contra 212.222 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 26 sexta-feira, até o fechamento de ontem, dia 2, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo 655 pontos ou US$ 8,66 (R$ 46,06) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 26 a R$ 698,05 por saca, e ontem dia 2 a R$ 730,21. Hoje, não houve pregão na ICE Futures US. O feriado do Dia da Independência – 4 de julho – foi adiantado para esta sexta-feira, 3 de julho, nos Estados Unidos. Ontem quinta-feira, os contratos para entrega em setembro na bolsa de Nova Iorque fecharam com baixa de 80 pontos. No mercado estável de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2019/2020, condição porta de armazém:

  • R$580/620,00 – CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
  • R$530/550,00 – FINOS A EXTRA FINOS – MOGIANA E MINAS.
  • R$490/520,00 – BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
  • R$450/470,00 – DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
  • R$430/450,00 – RIADOS.
  • R$390/410,00 – RIO.
  • R$400/410,00 – P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
  • R$390/400,00 – P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
  • DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 5,3190 PARA COMPRA.

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