A colheita do café já começou em Minas Gerais, no maior polo de produção de café do Brasil. Segundo a Cooxupé, os trabalhos nas lavouras ainda acontecem de maneira muito pontual e deve acontecer com maior intensidade a partir de semana que vem.
Com a pandemia do Coronavírus, a colheita do café no Brasil chamou atenção do mercado, gerou incerteza e impactou diretamente nos preços durante o mês de abril. De acordo com as primeiras informações da Cooxupé, nas áreas de atuação da cooperativa, a colheita teve início na região do Rio Pardo/SP, algumas fazendas no Cerrado Mineiro e também em áreas do sul de Minas Gerais.
Em busca da segurança e saúde dos cooperados, funcionários, parceiros e seus familiares, a cooperativa com sede em Guaxupé implantou um plano de contingência com adaptações de atividades e segue monitorando as orientações dos órgãos de saúde competentes, em relação ao coronavírus (Covid-19). O Plano envolve a adequação dos ambientes, a redução das equipes presenciais, a suspensão de eventos e de viagens, entre outras medidas para eliminar a aglomeração e o trânsito de pessoas neste período.
Considerando a bienalidade alta, a cooperativa estima que o recebimento deve ser de 6,8 milhões de sacas, entre cooperados e terceiros. Sobre os embarques, a expectativa é de 5,9 milhões de sacas, das quais 5,036 mi devem ser para exportação.
Conilon
A colheita do café tipo Conilon no Espírito Santo já está a todo vapor no estado. Segundo a cooperativa Cooabriel, em São Gabriel da Palha/ES de fato aconteceu uma dificuldade em contratar mão de obra externa, mas o trabalho acabou sendo suprido por moradores da própria cidade que tiveram os trabalhos paralisados em indústrias e comércios também por conta da pandemia.
A estimativa é que o Conilon tenha uma produtividade entre 10 e 11 milhões de sacas de 60 quilos, segundo a Conab. No entanto, fatores climáticos e insumos mais caros durante o desenvolvimento da safra, geraram impactos na produção e o rendimento do café pode ter uma baixa de 15% na média. Já em São Gabriel da Palha, produtores podem ter quebra de até 40% na produção. – Veja matéria completa aqui.
TEXTO: Virgínia Alves, Notícias Agrícolas