Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP esclarece dúvidas sobre qualidade e bom preparo do café

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22/04/2020
Publicado em

Por: Paloma Minke, SAA-SP

O Brasil é o maior produtor de café do mundo, e o Instituto Agronômico (IAC/APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o berço das principais variedades cultivadas no país.

No mundo existem diversas espécies de café, porém só duas são amplamente cultivadas, a do Coffea arabica e a Coffea canephora.  

As bebidas de Coffea arábica, ou café arábica, como é popularmente chamada, são cafés que podem resultar em bebidas “nobres e complexas”, devido a grande quantidade de aromas e sabores que podem conter.

As bebidas do Coffea canéfora, mais conhecidas como robusta e o conilon, resultam em bebidas muito mais simples e mais amargas. Porém, ele é valorizado para a composição de blends e pela indústria de café instantâneo, por ser um grão mais barato, possuir mais cafeína e principalmente cor preta intensa.

No Brasil, o consumidor de café por sua vez não dispõe de muitas ferramentas para escolher sua bebida, e, para isso, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) criou em 2004 seu Programa de Qualidade do Café – PQC, que oferece notas de Qualidade Global (QG) dos cafés vendidos no país, analisando-os através dos aromas e de seu grau de intensidade.

 O Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital/APTA) tem um dos únicos laboratórios que certificam as bebidas oferecidas aos consumidores brasileiros, e podemos encontrar no mercado embalagens certificadas com os selos Bronze para cafés tradicionais, selo Prata para cafés Superiores e selo Ouro para cafés Gourmet.

Fonte: ABIC – www.abic.com.br

Cafés especiais:

Além de grande produtor quantitativo, o Brasil agora começa a trabalhar a qualidade e difundir a onda dos cafés especiais, que vem crescendo ano a ano, suprindo consumidores mais exigentes que buscam novas experiências com a bebida.

Para cafés especiais, absolutamente tudo faz a diferença e a ausência de defeitos passa a ser obrigação neste tipo de bebidas. Os atributos de qualidade do café abrangem uma ampla gama de conceitos, desde características físicas, variedades, cores e tamanhos, até preocupações de ordem ambiental e social, como os sistemas de produção e as condições de trabalho da mão de obra produtiva. Nesta categoria reina os cafés da espécie Arábica, que possuem maior gama de aromas e sabores.

Para fazer um bom café:

O pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Daniel Gomes dá algumas dicas para fazer um bom café. A primeira coisa que precisamos é um “bom café”, se for “especial”, melhor. Caso não saiba a procedência ou qualidade dos produtos no mercado, ele sugere a escolha dos cafés do programa PQC e o consumo preferencialmente de bebidas classificadas como “Superior” ou “Gourmet”. “Você irá notar a diferença!”, afirma.

Segunda dica: caso seja um consumidor ávido pela bebida, prefira comprar grãos e moê-los na hora, para obter o máximo da bebida. Hoje em dia um moedor manual é muito acessível.

Terceira dica diz respeito à qualidade da água, evite as cloradas, pois reagem negativamente com os óleos essenciais da bebida. “Uma pergunta frequente é: podemos ferver a água? A resposta é sim, desde que levemente, e sempre deixe a água parar de borbulhar antes de usá-la”, diz.

Quarta dica: existe uma infinidade de métodos de preparo de café, porém a medida padrão que é quase unanimidade entre as marcas é: 4 a 5 colheres (sopa) para cada 1 litro de água, contudo, segundo os baristas, para um bom café esta medida pode ser dosada em 8 a 10% de café.

Quinta e última dica: cafés bons dispensam açúcar! 

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