Mesmo na pandemia, consumo de café cresceu 35% em março, diz Abic

Cópia-de-Sem-nome-2
15/04/2020
Publicado em

Demanda no varejo para o consumo dentro de casa compensou a retração com o fechamento de bares, restaurantes e cafeteria, afirma presidente da entidade

POR: REDAÇÃO GLOBO RURAL

O café manteve sua preferência na decisão do consumidor em meio à crise trazida pelo coronavírus. Mesmo com a mudança no consumo, que deixou as cafeteiras e se concentrou no lar, por conta das restrições de movimentação nas cidades, o consumo do produto aumentou 35% em março, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Ricardo de Souza Silveira, que participou de uma transmissão ao vivo pelo perfil da Globo Rural no Instagram, nesta terça-feira (14/4).

“Isso é atípico, mas foi devido à quarentena. Tivemos alguns problemas pontuais, porque, em algumas cidades que fecharam todo o comércio, não tinha como os caminhões entrarem com a matéria-prima e deslocar até a indústria. Mas o mercado voltou à normalidade. O abastecimento está normal”, disse ele.

Silveira dscartou a possibilidade das indústrias de café terem problemas mais significativos por conta da pandemia do coronavírus. Avaliou que podem ocorrer dificuldades de logística, afetando a entrega de um ou outro produto, mas que seriam pontuais.

O executivo pontuou, no entanto, que, apesar do consumo dentro de casa compensar a queda na demanda fora, há uma preocupação da indústria com a situação das cafeterias. Explicou que esses estabelecimentos constumam trabalhar com uma bebida de qualidade superior e poucas opções de produtos além do café. Silveira informou ainda que a Abic tem procurado parcerias para incentivar o delivery, embora reconheça que esse tipo de serviço não é tão comum quando se trata do varejo de café.

Segundo o presidente da Abic, a expectativa para os próximos meses é de manutenção dos níveis de consumo. Mas ele admite que a indústria está receosa em relação à situação econômica dos consumidores. Não significa, disse ele, que o brasileiro deixará de tomar café, mas pode reduzir a quantidade consumida diariamente.

“Apesar do café significar pouco em matéria de preço no consumo das famílias, estamos um pouco receosos. Mas a expectativa é de manter os niveus do ano passado”, afirmou.

Safra

O presidente da Abic manifestou expectativa positiva em relação à safra de café, que está na fase inicial da colehita deste ano. Na avaliação dele, será um ano de produção maior e de melhor qualidade. Para Silveira, a oferta maior não deve siginficar uma pressão sobre os preços do mercado, já que a indústria precisa de grão de melhor qualidade e o Brasil tem esse produto para oferece.

“Esqueça isso, que o volume vai levar o preço em baixa. Não vai levar. O café caiu no gosto do mundo e o Brasil tem condições de oferece

Compartilhar: